terça-feira, 27 de julho de 2010

Medo de Tecnologia?

Geração baby boomers, X, Y... não importa em qual geração você se enquadra, o que importa é o quanto você está antenado com o mundo. É incrível encontrar profissionais por volta de trinta anos, com curso de nível superior, que se dá o luxo de ter aversão a tecnologia.

Tecnologia básica, não tecnologia avançada. Pessoas que se gabam por não saber trabalhar com os softwares básicos como os de edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentações e que não sabem utilizar ferramentas como o Google em pesquisas na internet. O Twitter, se bem administrado, gera informações dinâmicas a todo o momento sobre qualquer assunto.
A televisão, o rádio e a mídia impressa ainda são ótimas fontes de informação, mas é a informação que chega até você e não a que você vai atrás. A grande diferença que o desejo por conhecimento específico não estará disponível de forma imediata nessas fontes, mesmo que esteja, é a informação que chega ao mesmo tempo a grande massa e, muitas vezes, com o ponto de vista de um autor.
Como abrir cabeça para um assunto lendo uma ou duas opiniões? Como gerar conhecimento “ímpar” para criar uma carreira própria e de destaque?
Pense, o que é sucesso para você? Independente da resposta, para atingir é preciso de dedicação, estudo, saber ouvir, saber falar, saber interpretar, analisar, questionar, criar cenários e outros. Criar cenários... Como criar cenários se o seu conhecimento é uma linha reta, sem curvas e bifurcações? A vivência prática das coisas ensina tudo isso? Em parte sim, em parte não. A prática é uma das formas mais impressionantes de aprendizado, mas sem uma bagagem mínima teórica sobre as coisas, não permite alavancar o máximo o conhecimento e visão do profissional. Fazendo um paralelo, é o profissional que faz uma viagem pela empresa e esquece de pegar uma nota fiscal de um almoço. Ao chegar na empresa e realizar a prestação de contas, descobre que não será ressarcido pelo custo do almoço. Gera revolta e insatisfação. Toda empresa tem, ou deveria ter, que fazer a contabilidade do negócio. Para as empresas de capital aberto é uma obrigação e precisa, ainda, disponibilizar para o público em geral as contas. A simples nota do almoço entra como despesa no fluxo de caixa, como despesa, ela reduz o lucro bruto, reduzindo o lucro bruto, reduz o pagamento de impostos. Os órgãos competentes do governo fazem auditoria nas empresas para identificar possíveis fraudes ao governo. Sem a nota do almoço, como a empresa prova que ocorreu o gasto que reduziu o lucro bruto e que diminuiu o pagamento dos impostos? O conhecimento prático somente ensina que é preciso pedir a nota fiscal para ser ressarcido das despesas...
As informações descritas acima nem sempre estão disponíveis dentro da empresa de forma fácil e, na literatura, ocorre com uma linguagem complexa de difícil compreensão para um leigo. Na internet é possível identificar redes sociais onde ocorrem discussões sobre qualquer assunto, permitindo identificar contatos de pessoas que poderiam te alimentar com qualquer informação e conhecimento. Apenas é necessário analisar bem os sites e o conteúdo das informações, porque da mesma forma que a internet permite acesso a informações maravilhosas, existe muita informação falsa.
Em relação as ferramentas que permitem editar textos e tratar dados, o profissional que não trabalha com estas mostra que tudo que ele transmite é através da própria explanação ou cópia de material de terceiros. Voltando, ambas as formas são perfeitas para disseminação de informação e conhecimento, mas, em uma reunião com diversos números e informações, como se administra o tempo e a condução da mesma? Em vez de uma hora serão horas de reunião. Tempo perdido e queda da qualidade da decisão. Como o profissional irá perpetuar o conhecimento prático e teórico adquirido? Cada um tem uma trajetória de vida, cada um tem uma ação na empresa, conhecimento impar. Não considerando ainda que todo profissional tem a OBRIGAÇÃO de registrar as suas tarefas e conhecimento. Uma empresa é sustentável, hoje em dia, pelos seus bancos de dados históricos e todo registro de informação e conhecimento adquirido em toda a sua história. Quando um profissional registra o seu conhecimento em documentos ele está consolidando na sua mente, de forma mais clara e organizada, pois antes desse registro, o conhecimento fica espalhado sem conexão. É novo conhecimento sendo gerado para todos, inclusive para você mesmo.
Tudo que é novo assusta, assusta porque não sabemos o que iremos enfrentar, não enxergamos o cenário no próximo passo. Dê o primeiro passo, o medo sumirá, pois você permitirá que materialize o que hoje você não consegue visualizar.
Dedique parte do seu tempo para as novas tecnologias, exercite, no futuro, você não irá entender o como você conseguia viver sem elas.

sábado, 24 de julho de 2010

A Matéria e a Inovação

A cada milésimo de segundo bilhões de partículas de matéria estão se transformando. Mudando a sua função, o passado ficou no passado e o futuro? Praticamente o presente. Essa é a dinâmica da física e da química, transformações e transformações, nada mais.
Essa transformação ocorre em todos os estados físicos, a todo tempo e em todo lugar.
Essa é a evolução da nossa terra, onde fazemos parte. Somos o que somos devido a inúmeras e inimagináveis transformações ocorridas.
Hoje, uma criança não consegue visualizar um mundo sem a internet. No passado, achávamos as pessoas nos telefones fixos, hoje, nem por celular. O movimento é outro, a velocidade da vida é outra.
Sabendo de tudo isso, continuamos avessos a mudanças, ou melhor, a inovação, termo mais moderno para mudanças.
A vida passa e continuamos os mesmos? Faz sentido? Manter a estratégia dos séculos passados é ainda se manter competitivo no mercado de trabalho atual?
A crise mundial de 1929 impactou os mercados até 1933. A crise de 2008 não durou tanto tempo e, em 2010, o mercado já mostra os sinais positivos.
A globalização faz os impactos ocorrerem de forma mais rápida e disseminada, mas também permite a saída da fase tão rápida quanto.
Com as partículas do universo se confrontando a todo o momento, se transformando, você ainda ficará parado? Reagindo contra todas as atividades novas que aparecem para serem executadas? Reagindo contra toda vez que ocorre mudança de equipe ou gestor? Aposentar após 30 anos de trabalho na mesma empresa e função é ainda o seu sonho?
Se você se enquadra nos itens acima, estamos em mundos diferentes.
Mudança é sinônimo de oportunidade e crescimento, é inovar. A cobrança das empresas aumenta a cada dia e faz sentido, não podemos achar que é algo destrutivo, tirar mais por menos.
Em 2002, havia geólogos recém formados ganhando R$800,00, hoje, é muito difícil encontrar um ganhando menos de R$4.000,00. Isso representa 400% de diferença em 8 anos. Os profissionais estão ganhando mais e com mais acesso a tecnologias e ao conhecimento. Estamos fazendo o nosso papel básico dentro das empresas. Engano é comparar com o profissional de 2002. O mundo é outro, a matéria é outra.
Inove seus modelos mentais, quebre seus paradigmas, abra a cabeça para se permitir conhecer esse mundo em constante mudança e movimento. Não se permita ser mais um nesse oceano de gente. Lembre-se sempre, leia muito, muitas vezes a inteligência é confundia com o conhecimento que a pessoa carrega. Não se sinta inferior, apenas se alimente de informações, fique ligado no mundo, você terá outra visão ou proposta para si mesmo. Inove, sempre.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Você é sustentável com você mesmo?

Muito se tem falado em sustentabilidade, mas e a sustentabilidade de cada um como ser - humano?

A sustentabilidade poderia ser substituída pela palavra continuidade, no sentido de preservação e crescimento. E você? O quanto está investindo na “continuidade” das suas relações? Convivemos com os familiares, amigos de infância, da academia, do comércio, profissionais do trabalho... como realmente você está tratando esses parceiros da vida? Você é daqueles que somente faz se fizerem por você? Ou você é daqueles que faz e depois chama o outro de ingrato por não ter correspondido? Se você se enquadra em um desses dois tipos, você corre riscos de perder a continuidade das suas relações.
O quanto é importante cada pessoa na sua vida? Sinceramente? Nunca saberemos.
Já vi Office boy se tornar presidente de uma empresa... será que todos ao seu lado acreditaram e valorizaram essa pessoa no início da carreira dela?
Não é tratar com interesses futuros, é permitir que cada um faça a sua história e, com isso, fazer a sua própria história.
Você consegue dizer o quanto você contribuiu essa semana para o crescimento dos pares? O quanto você se libertou do mundo fechado que acreditamos ser estratégia do conhecimento guardado e escondido? O conhecimento guardado não é conhecimento! Frase batida, mas verdadeira.
Pessoas que guardam uma informação para colocar na mesa com a presença dos gestores estão travando o progresso da vida, das pessoas, da sustentabilidade. Pense, um projeto que começa em janeiro com fim em dezembro. Na reunião do mês de julho de acompanhamento uma peça da reunião salta uma informação que faz o projeto mudar de rumo. Essa informação já existia, mas a pessoa espera a hora certa para se destacar. Perde-se prazo, aumentam os recursos financeiros e humanos, todos estão estressados e um trabalho que poderia ser sucesso, se transforma em algo “aceitável”. Imagine isso acontecendo em vários lugares no mundo ao mesmo tempo. Isso não é um freio a humanidade? Sim, é intangível, mas qual é o nosso papel nesse mundo? Olhar para o umbigo, focar apenas no crescimento próprio? Que apenas as suas idéias fazem sentido? Que estamos rodeados por um mundo de ignorantes? Se você pensa isso você está preso ao século passado.
Hoje, as crianças e adolescentes estão totalmente sintonizados nas redes sociais. Quem acessa o Facebook ou Orkut tem acesso a ferramentas que permitem o relacionamento entre as pessoas e executar ações que irão contribuir para o outro, onde se torna claro quando acessamos aos jogos disponíveis. Para mudar de fase e progredir nas etapas, você precisa executar ações que irão beneficiar o outro e vice-versa. São jogos de compartilhamento e crescimento mútuo. Para vencer precisa-se compartilhar e enxergar as necessidades do outro. O modelo mental dessa juventude está mudando e poderemos estar desenvolvendo uma sociedade mais justa uns com os outros. Onde você está nesse cenário? Na pessoa que tem uma sala sozinha, com o acesso ao HD do computador protegido com senha?
Preservar o mundo destruindo as pessoas? Pense, é raro sermos felizes sozinhos. É raro sermos felizes após de colocar uma pedra no caminho de alguém. É raro sermos felizes sem fazer o bem. Devemos mudar nossos hábitos para termos um planeta para se viver amanhã, mas quando não nos sentimos bem, não nos dedicamos na sua totalidade para a construção desse mundo melhor. Faça aos outros no mínimo o que gostaria que fizessem com você. Pode parecer pouco, mas trará grandes resultados para você e a sociedade. Não compita de forma destrutiva, construa as relações para que você possa ensinar e aprender com elas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Simples Arte de Inovar

O que é inovação? Milhares de conceitos e opiniões estão disponíveis na internet e em livros. A inovação muitas vezes é interpretada como invenções que são patenteáveis.

No entanto a inovação deve ser encarada como qualquer ato que fazemos de novo nas nossas vidas, tanto na vida pessoal quanto na profissional.
O que seria inovar então? Inovar é fazer qualquer coisa diferente na sua vida que você não tenha feito ainda.
Como profissionais, temos que inovar a todo o momento para aprendermos a aceitar mudanças, ou melhor, gerar as próprias mudanças, para enxergar sem a caixa, quebrar modelos mentais e paradigmas.
Como podemos inovar? Muito é dito sobre a importância, mas nem sempre fica claro como fazê-lo.
O ato de mudar a decoração da mesa de trabalho, mesmo se for a mudança da posição de um objeto. Caso você chegue ao trabalho e vá direto tomar um café, abra o e-mail e vá ao café depois. Provavelmente você encontrará um público diferente e poderá discutir assuntos diferentes ou mesmo visões diferentes de um mesmo assunto.
Leitura! Muita leitura. É incrível o custo de um livro hoje em relação ao conhecimento que podemos adquirir. Apesar de estar mais acessível, o brasileiro não tem aumentando tanto o volume de livros lidos ao longo de um período. Quem já escreveu um livro sabe o quanto teve que viver, ler, estudar e discutir para escrever uma página. Muitas vezes são décadas de aprendizado disponibilizado em um só livro. O importante é ler sobre diversas formas de pensamento, como um estudante de direito estudando a filosofia de diversos pensadores da história. Isso permite utilizar lógicas e formas diversas na estruturação da defesa e até mesmo na compreensão da linha de pensamento da outra parte.
Mude de posição e setor de trabalho. O job rotation é uma das formas mais importantes de sair da “caixa” onde está inserido. Veja os modelos mentais de uma pessoa inserida na operação e de outra na manutenção. A pessoa da operação provavelmente irá achar que a manutenção solicita muitas paradas para fazer as preventivas, mesmo sabendo que uma preventiva poderá minimizar uma perda maior no futuro caso o equipamento quebre. Já o ponto de vista da pessoa da manutenção será, na maioria dos casos, que o operador não cuida bem dos equipamentos, que ele não se importa da preservação do mesmo. Quem já viveu a oportunidade de ter ambos na mesma sala discutindo de forma macro/sistêmica uma operação enxergou esses modelos de pensamento que não representa a realidade de cada um e que um não percebe a realidade e a necessidade do outro. Observe o aprendizado de um profissional que teve a oportunidade de trabalhar em ambos os setores. Isso é aplicável em todas as áreas e em todas as indústrias.
Trabalhar com gestores diferentes também gera aprendizado, principalmente se o profissional analisa os pontos positivos e negativos de cada gestão sem poluir o processo com a insatisfação que pode ocorrer em qualquer tipo de liderança. É necessário, nesse caso principalmente, transcender a visão de técnico. Existem normativos e procedimentos dentro das empresas, especialmente nas empresas de capital aberto, que precisam ser seguidos para não ocorrer perda de competitividade e mercado, ou mesmo valor de mercado, como são os procedimentos de auditoria. Pode acreditar, a nossa ignorância sobre assuntos diversos nos leva a insatisfação irreal. Analisando essas situações gera-se aprendizado, podendo ser aplicado em situação futuras caso você se torne também um gestor.
Outra forma de inovar no ambiente profissional é levar o conhecimento da vida pessoal para o trabalho. Uma vez um geólogo estava analisando uma rocha para identificar o potencial de mineralização. Estava presente na rocha fosseis de conchas. Nesse caso é essencial a identificação do ambiente de formação, pois se a concha fosse de água doce, lagos, o potencial do volume de minério seria muito menor se a concha fosse de origem marinha plataformal. Pense, lago é uma região limitada, já a plataforma marinha poderá ser bem mais extensa, pois pode seguir toda a costa marinha. Conhecer a espécie de concha também não é um trabalho fácil, pois existem milhares de conchas no mundo e várias outras que se extinguiram na história da terra. Como foi decifrado? Esse mesmo geólogo lembrou-se de uma visita a um lago quando criança onde viu a concha na margem. Pronto, conhecimento pessoal casado com o conhecimento profissional.
Como esse, existem milhares de casos, mas para isso se tornar efetivo, é necessário treinar o cérebro para que os insights venham no dia a dia. Não é um exercício difícil, apenas precisa realizar a conexão dos dois ambientes no dia a dia até que isso se torne automático.
Outras formas de inovação poderiam ser descritas aqui, mas cada um tem um estilo e um perfil. O mais importante é que cada um encontre o seu meio mais eficiente sem nunca esquecer que inovar é fazer o que você não faz, mesmo que seja a cópia do outro, mas sempre respeitando os seus limites e valores.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sustentabilidade e o Analfabetismo Ambiental

O tema “Ser Sustentável” está amplamente disseminado e enraizado? Infelizmente, não. O tema sustentabilidade ainda está ligado a investimentos e aumento dos custos. A sociedade ainda está cega ao quanto se pode ter lucro sendo sustentável.
Um ótimo exemplo é o supermercado sustentável. Normalmente são lojas para as classes A e B onde os clientes podem pagar por produtos diferenciados e a um preço mais alto pelas mercadorias. Uma simples coleta de óleo gera custo, pois o proprietário será responsável pela logística do produto até as usinas de reciclagem, que utilizarão esse material para geração de energia/combustível. Qualquer acidente durante o percurso será de responsabilidade do mercado coletor e isso gera prejuízo ao proprietário, além de sujar o nome da empresa. Devido a isso, muitos mercados não assumem essa responsabilidade.
O que é preciso entender é que o governo deve assumir alguns custos. Vejamos o caso dos trens bala. Esses trens são de alta velocidade e permite o transporte de passageiros de uma cidade a outra, em alguns casos, de forma mais rápida e customizada que o transporte aéreo. Todos sabem que uma empresa privada não assume um projeto desse tipo pois ainda não é viável economicamente, mas como o transporte é um problema endêmico em todas as grandes cidades, o governo apóia esse tipo de investimento. Mesmo sem o foco, é um projeto sustentável, pois polui menos do que cada passageiro pegar um carro e ir em direção ao destino desejado ou a viagem por meio de avião.
Esse tipo de atitude deveria ser levado aos produtos de impacto ambiental que, bem administrado, gera impacto social. Hoje em dia, cidades como Belo Horizonte, não possuem serviços de coleta seletiva em todas as regiões. O bairro Coração Eucarístico, onde se localiza uma das melhores universidades do estado, a PUC-MG, não possui esse tipo de serviço. Do que adianta uma divulgação intensa da mídia se não existem formas da população atuar, ou seja, nenhuma política pública clara e eficiente voltada para esse tema. A melhor forma de educar, nesse caso, é colocar os pontos de coleta seletiva, onde a ação de um mobiliza a ação do outro. O fato de ver alguém tendo uma ação sustentável, faz com que o outro se sinta fora do sistema e com vontade de ser inserido no mesmo. Uma coleta seletiva bem planejada gera novas oportunidades de negócios e, com isso, criação de novos postos de trabalho, afetando diretamente a sociedade – sustentabilidade social através da geração de renda.
Ações isoladas ocorrem por todo o país, como é possível identificar em Viçosa, onde todos os supermercados são obrigados a utilizar sacolas biodegradáveis. Uma ação interessante, mas de difícil aplicação global, porque, apesar da demanda mundial estar crescendo nesse setor de forma estrondosa, não existe, no Brasil, fábricas suficientes para atender a uma grande demanda. É possível, ainda, realizar estudos com o uso de rochas de minério marginal utilizados na fabricação de fertilizantes, na produção dessas sacolas. Além de serem biodegradáveis, poderiam ajudar a fertilizar os solos para uma futura recomposição ambiental do local depositado de forma mais rápida e eficiente.
Muito ainda se preocupa com as áreas de preservação ambiental, de recomposição e reposição de áreas devastadas, mas se não existem ações globais para o dia a dia de cada cidadão, ilhas de florestas não serão suficientes para minimizar a poluição gerada a cada segundo no mundo, pelo contrário, a contaminação chegará a essas florestas através de um lençol freático e rios contaminados, chuvas ácidas, ventos, material transportados pelos animais e outros. O que falta é uma visão sistêmica clara de todo o processo para a criação de leis e normas. Falta uma visão sistêmica objetiva para atingir a população de todas as classes. Falta ver o assunto como gerador de renda e não gasto de capital.
O investimento público para ser mais efetivo na minimização dos impactos gerados em uma sociedade no seu dia a dia é menor do que o necessário para corrigir ações não sustentáveis e permitir um futuro a todos?

domingo, 18 de julho de 2010

Centro de Excelência em Fertilizantes

Conheçam o site do Centro de Excelência em Fertilizantes (http://www.cef.feq.ufu.br/). Participem do workshop de lancamento do Centro nos dias 28 e 29/07.

sábado, 17 de julho de 2010

Mundo Virtual

Não tem mais jeito, para nos capacitarmos, nos informamos, temos que estar alinhados com o mundo virtual. Cada vez mais está se utilizando a internet para cursos a distâncias e fonte de informação. Instituições e universidades tais como MIT ou Harvard já utilizam essa ferramenta a tempos.
Hoje se tem mais amigos na rede do que na vida real. Está se tornando o meio mais importante no desenvolvimento do networking.
Tradução, textos científicos, fofocas, música, compras, vídeos educacionais, jogos, redes sociais de todos os tipos e um mundo são possíveis na net.
Qual é o limite que devemos nos impor ao uso dessa ferramenta? A internet permite o acesso a atividades que nos deixariam conectado 24 horas, 365 dias por ano, mas o uso único desse recurso realmente acrescenta a vida profissional?
O maior perigo é de tornarmos insensíveis as coisas e pessoas ou perder a habilidade de relacionar com o outro. Cada dia que passa as empresas estão valorizando as pessoas que sabem comunicar, trabalhar em equipe, que saiba se relacionar com as pessoas de uma forma em geral. Ao mesmo tempo, precisamos utilizar a internet cada vez mais para executarmos as nossas atividades. Paradigma?
Apesar de gostar de escrever textos de auto-ajuda profissional, valorizo o dia a dia com as pessoas. Nada melhor aprender vivendo, sentindo e/ou observando os movimentos a nossa volta. Discutir consigo mesmo o que é certo, o que é errado, o que se pode melhorar e o que pode ser melhor. A leitura é essencial para aprender a enxergar os movimentos e ações que acontece ao nosso lado. É interessante como ficamos cegos quando não conhecemos algo. Uma vez estava viajando com uma amiga e mostrei a forma arredondada de um terreno com cortes na serra que lembram as dobras dos nossos joelhos e cotovelos, feição gerada por escoamento convergente da água superficial – chuva principalmente. O mais interessante foi a reação dela após visualizar essa feição: “Nossa, que lindo. Nunca vi uma paisagem como essa!”. O mais interessante dessa história é que a paisagem apresentada é muito comum, não era nada especial. O que aconteceu é que ela aprendeu a enxergar detalhes que antes não eram visíveis aos olhos dela. Esse é o limite da internet. Não enxergar em 3D e não interagir com as pessoas ou objetos nos faz limitar o aprendizado, nos deixando cegos as “feições”. A internet é para ajudar a montar o mundo e não para ser o mundo.
Faça dela o seu maior aliado, não o seu inimigo. Use o suficiente para construir e melhorar a sua vida. Fique ON com a net e com a vida!

O Líder

Conversando hoje com uma amiga, apareceu a vontade de escrever um texto sobre ser líder. As pessoas nos inspiram mais do que imaginam. Cabe a nós canalizar essa inspiração para trazer sabedoria e conhecimento a nós e aos que nos cercam. Bem, vamos ao texto.

O que é ser Líder? Tem gente que acredita que qualquer um, com muito preparo, pode ser líder, outros, que é um dom.
Já imaginou um planeta como o nosso com mais de 6 bilhões de líderes? Pois é, assim o seria se todos pudessem se tornar um líder. Situação complicada seria viver aqui.
Existem lideres adormecidos. Essas pessoas precisam de estímulos para desenvolver a liderança. Treinamentos e ou o acompanhamento de um coach permitem o desenvolvimento desse novo líder, mas o maior aprendizado vem do dia a dia, seja por observação, seja por aprendizado direto. Existem também os que nasceram com o dom explicito.
Ser líder não é fácil, pode ser natural para muitos, mas a atuação no dia a dia não é tão simples como parece ou que a maioria dos autores diz.
O dia a dia é complicado, cheio de desafios e surpresas. Imagina você, um líder, dizendo para os pares ou subordinados para executarem uma tarefa ou agirem de uma forma que não é alinhado com os seus valores?
Ser líder é saber doar, é entender o próximo, independente da sua cor, cultura, status social e econômico. É fazer pelo outro sem pedir algo em troca, é saber tirar o melhor de cada um.
Parece religião, mas não o é. A sabedoria está em saber que, se as pessoas derem o melhor de si, estará fazendo para ele, ele estará se destacando.
A vida, hoje, não é nada se trabalhamos sozinhos. É impossível conhecer 10% sobre um assunto qualquer. O mundo gera uma avalanche de dados e informações por segundo. O papel do líder é saber administrar um grupo para que eles trabalhem em equipe e, como conseqüência, maximize os resultados.
O verdadeiro líder traz inspiração ao ambiente. Permite a inovação. Sustentabilidade? Hoje, somente através de lideres. A mudança é traumática para a maioria das pessoas. Tanto que, apesar de estarem insatisfeitas com a função atual, caso ocorra uma insegurança sobre o futuro, acham a posição que estão fantástica, perfeita. Lideres conseguem quebrar parte dessa insegurança e até criam expectativas e ansiedades pelo novo, cria disposição para tentar ou criar o que ainda não foi tentado ou criado.
O líder precisa ser claro e objetivo, é não focar na remuneração para gerar a qualidade do trabalho, é ter princípios e segui-los.
Não é possível encontrar um líder que desenvolva todos os aspectos de forma profunda, mas é preciso que todos estejam presentes e que a maior parte esteja bem desenvolvida, caso contrário, não será um verdadeiro líder.
Ser líder não significa ser melhor. Não ser líder não é ruim, quando você não assume a posição. Não deseje aquilo que não lhe trará frutos.
Na vida empresarial, no mundo das empresas privadas, o modelo de crescimento na carreira ainda é linear. Precisamos pressionar cada vez mais as empresas para as carreiras em Y, onde o técnico possa seguir carreira sem precisar virar gestor. É preciso quebrar esse modelo mental.
Mesmo com as dificuldades encontradas no caminho, as ingratidões, as incompreensões, não importa, isso é menos importante. Os ganhos por ser líder são maiores. Foque sempre no lado positivo. Muitas vezes você precisará de estomago de aço, mas continue em frente. A sociedade, o mundo precisa de pessoas como você.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sustentabilidade na Mineração

Hoje, o termo sustentabilidade faz parte de todos os discursos, mas será que todos estão realmente assumindo atitudes sustentáveis na vida e na empresa?
A sustentabilidade é sempre apresentada como um tripe, onde está envolvido o social, o ambiental e, claro, o econômico. Falta um ponto importante: cultura.
A cultura é importante para sermos eficientes no setor social e ambiental, pois não adianta realizar trabalhos e investimentos nesses setores se não sabemos os valores dos stakeholders. Como realmente atingi-los? Qual a melhor forma de abordar? Para potencializarmos as ações é preciso falar no “idioma” deles sem ferir seus valores. É como se a empresa fizesse uma ação social na Índia propondo a criação de gado para abate nas regiões de solo mais pobre. É possível que eles fechem a entrada da empresa no país.
Outro ponto é realizar ações que gerem renda para a sociedade. Como a mineração fica nesse caso?
Quando se desenvolve tecnologia para reduzir as perdas, aumentando a recuperação metalúrgica e mássica do minério processado ou reduzindo os custos operacionais, os resultados são aplicados nos 3 pontos da sustentabilidade: quando as recuperações mássicas e metalúrgicas aumentam, sem perder qualidade, ocorre redução do volume de rejeitos e, como consequência, os impactos ambientais; o item 1 gera impactos na sustentabilidade social. Sabendo que o depósito mineral é um ativo que tende a exaustão, quanto mais otimizarmos o uso da reserva, maior será a longevidade da operação. Como normalmente a comunidade local é totalmente dependente da receita gerada pela mineração, a sociedade como todo ganha com isso; com a redução de perdas, reduz também o reprocessamento do material. Esses dois pontos já são suficientes para reduzir o custo operacional por unidade vendida; a redução dos custos faz alavancar o lucro e garante a competitividade do negócio. O aumento do lucro gera empregos e maior disponibilidade da empresa em investir em sustentabilidade; investimentos na identificação de subprodutos geram receitas adicionais a empresa, reduzindo os custos, gerando empregos e aumentando a arrecadação do município – sustentabilidade social, ambiental e econômica; outras ações.
Bem, o que foi descrito acima não é o suficiente ainda. Existem várias ações que podem ser realizadas nas operações.
A redução do consumo de energia e o aumento do percentual da recirculação da água utilizada são ações de grande impacto. O uso de biodiesel nos caminhões nas operações de lavra e o uso de correia transportadora também podem auxiliar na redução das emissões atmosféricas.
O descomissionamento de uma operação de mina é uma preocupação nacional e tem ganhado valor cada vez maior. O custo para fechar uma operação é muito alto, podendo atingir valores próximos a um novo empreendimento. Ações do dia a dia podem reduzir esse investimento.
Um ótimo exemplo é a definição do local da deposição de material estéril. Se não for considerado o regime hidrogeológico superficial e subterrâneo no momento da decisão, o material depositado poderá ou não ser remobilizado no momento do descomissionamento. Dependendo do regime hídrico da região, a pilha poderá sofrer erosão e o material ser carreado até o rio, impactando o meio ambiente. No momento da decisão, a escolha somente através da análise da menor distância de transporte do estéril poderá gerar alto custo no futuro.
Diversas ações foram listadas nesse texto e todas elas geram ganhos a empresa. Sustentabilidade não é sinônimo de prejuízo. Caso você ainda tem essa visão, estará deslocado do grande movimento mundial.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Autoconhecimento do Profissional

Uma vez um professor comentou em classe: “Para ter paz é preciso ter guerra”. Era adolescente na época e não entendi muito bem. O que ele queria dizer era simplesmente que, para identificarmos e valorizarmos algo, precisamos viver ou sentir o inverso.

Nós, profissionais ativos, vivemos dilemas a todo o momento.
Sempre achamos que o outro ganha mais por injustiça, mas não sabemos a história do outro. A sorte é a gente que faz, mas existe estar no lugar certo, na hora certa. Existem, também, características que fazem a pessoa se destacar. Temos que lembrar que o destaque não deve ser medido apenas por conhecer a tecnologia, o processo ou porque fez o trabalho sozinho. A comunicação, a leitura corporal, a energia, ou seja, o comportamental como o todo também valoriza o profissional, muitas vezes mais que o conhecimento técnico existente.
A forma de abordar um problema também pode gerar um diferencial. Quando temos visão sistêmica sobre as um projeto, conseguimos antever possíveis falhas e minimizar erros durante o planejamento, além de identificar ações que irão agregar ao projeto, podendo reduzir os atrasos de cronograma e risco de sub ou super valorização dos custos financeiros.
O ponto mais importante é que a felicidade de um não necessariamente é a do outro, pois não existem pessoas 100% iguais, então não podemos sair copiando os modelos achando que dará certo com a gente.
Nós somos resultado dos nossos antepassados, da nossa cultura, da nossa criação, amigos, enfim, de tudo que está ao nosso redor.
Quando imaginamos alguém comendo carne não nos assusta, mas assusta um indiano. Comer barata? Para um chinês... normal. E carne de cachorro? Para um coreano também não seria problema. Olhando no ponto de vista da alimentação, vemos grandes diferenças nos hábitos culturais entre os países, imagine nos demais setores. Apesar dessas diferenças, temos pessoas felizes espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Existem, então, diferentes formas para sentir a mesma coisa.
Mergulhar no nosso EU de forma profunda dói no primeiro momento. Colocar os “monstros” para fora, quebrar preconceitos, aceitar as falhas machucam a gente, mas, depois, aprende-se a tirar vantagem até desses pontos negativos. O autoconhecimento nos deixa menos frágil, pois aprendemos sobre quem somos e como nos comportamos nas diversas situações. Certos comportamentos são tão automáticos e naturais que não percebemos o que fazemos e como reagimos.
Tempo e paciência são ingredientes importantes para esse processo. Caso seja necessário, procure algum profissional que ajude a trilhar esse caminho.

Open Innovation Seminar 2009

Vejam a notícia: Open Innovation Seminar 2009: comentários de organizadores e participantes

http://www.openinnovation.wiki.br/boletim/02_nov2009.html

Participem também do NING http://openinnovationbrasil.ning.com/

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Propriedade Intelectual - Patentes - e o Brasil

A competitividade de um país é, em parte, medido pela sua capacidade de inovar, gerando novas tecnologias que viabilizam o uso de matérias primas diferentes na obtenção de um produto existente ou novo produto para atender ou mesmo criar uma necessidade ao mercado, melhoria de qualidade, redução de custos, aumento de produção por unidade de tempo e outros.

Nesses casos, existem dois caminhos principais: patente ou segredo industrial.
Para os casos aplicados a geração de patentes, o Brasil tem crescido de forma muito lenta em relação ao mercado mundial, principalmente quando comparado com os mercados emergentes, como a China (Figura - USPTO).

Quando comparamos o número de patentes concedidas nos EUA (USPTO) entre Brasil e Coréia do Sul, vemos que, o investimento que a Coréia faz, desde a década de 80, na educação básica, alavancou a Coréia na geração de tecnologia (Figura - USPTO). Apenas para registrar, a Coréia do Sul e o Brasil tiveram 159 e 36 patentes concedidas em 1989, e 8762 e 103 em 2009, respectivamente.

Em relação a publicação de artigos científicos o Brasil tem se mostrado uma potência em crescimento (Figura - Thomson Reuters; atualizado em 27/11/2009). Em 2008 o Brasil publicou dez mil artigos a mais em relação a 2007.

Apesar desse crescimento do conhecimento, o que vemos é que a falta de cultura em patentear as invenções não está permitindo crescer o número de patentes concedidas de forma proporcional em relação as publicações. Quando analisamos o número de patentes solicitadas nos EUA, percebe-se um crescimento, mas também não muito significativo. O que chama atenção é que, apesar do número de solicitações estar crescendo, a proporção de patentes concedidas está caindo. Isso mostra que a qualidade das invenções ou dos textos está diminuindo (Figura – USPTO).

Um dos caminhos para mudarmos esse cenário é aproximar cada vez mais as universidades das empresas. Não gerar estudos somente acadêmicos, que são muito importantes na geração do conhecimento, aumentando o número de trabalhos aplicados as necessidades das indústrias.
Outra ação importante é gerar redes de pesquisas dentro do país para que o conhecimento, hoje, disseminados nas instituições e universidades, se conecte, fortalecendo e compartilhando dados, informações e o próprio conhecimento.
O ranking das marcas mais fortes de 2008, por exemplo, mostra que, nos dez primeiros lugares, 8 são marcas que aplicam altos investimentos em inovação tecnológica, como a IBM, Nokia, Google e Toyota (www.interbrand.com_global_brands.aspx). Isso mostra que o investimento em tecnologia alavanca os negócios e a competitividade.
Quando comparado o número de pesquisadores existentes nos países com a capacidade de inovação dos mesmos, é observado uma relação de crescimento na capacidade de inovar com o aumento de pesquisadores (Figura – INSEAD).

Temos que, cada vez mais, criar investimentos e incentivar a pesquisa no país. Os investimentos em P&D, disponibilizados pelos governos federais e empresas privadas, tem aumentado a cada ano. Ainda não é suficiente. Devemos ser mais agressivos em relação a estratégia do uso desses recursos e correr mais riscos, além de gerar um programa para orientação e aproximação da população ao tema propriedade intelectual.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ser Extraordinário

Ser extraordinário é ter uma ótima remuneração e ter uma posição no alto escalão da empresa. Quem pensa assim pode estar muito enganado.
Já imaginou se a felicidade de todos fosse ganhar bem e ter uma alta posição? Teríamos mais de 6 bilhões de pessoas infelizes e continuariam infelizes até o fim da carreira profissional. Seria acreditar que todos são iguais, o que seria outro absurdo.
Quem presta atenção o que acontece em volta dele dentro de uma empresa verá pessoas ganhando muito e insatisfeitas, e gestores que gostariam de voltar ao trabalho técnico.
Ser extraordinário é conhecer a si mesmo de forma profunda e identificar o que o faz feliz e trilhar o seu caminho na direção desejada. É fazer bem pelo prazer de fazer.
Quantas pessoas se desligaram de um setor ou mesmo da empresa após ter recebido um aumento salarial meses antes da saída? Não é dinheiro que governou grande parte desses movimentos. O ambiente de trabalho vale mais que a remuneração e o ambiente está também relacionado com o prazer em relação as atividades executadas. Outro erro comum é ver alguém feliz e ir atrás ou tentar copiar o que o outro tem. Irá gastar recursos financeiros e/ou o tempo para ir para uma posição que não o deixará feliz. Muitas vezes perdem-se boas oportunidades por achar que o caminho é outro e, o pior, é quando percebe o erro e acredita que não dá para voltar atrás.
Um exemplo muito comum é o indivíduo que presta vestibular para engenharia. No segundo ano percebe que a área de exatas não faz parte do seu perfil e que se fizesse o curso de direito se sentiria mais realizado. Não tem coragem de mudar, porque irá jogar fora 2 anos da vida dele e continua, assim mesmo, no mesmo caminho. Pense, em vez de “perder” dois anos, irá perder uma vida inteira, pois não sentirá realizado.
Porque somos tão reativos a mudanças? Porque não passamos parte do nosso tempo olhando para nós mesmos tentando identificar nossos desejos e sonhos? Será porque é mais fácil copiar os sonhos do outro?
Tenho um ditado que diz: “o universo tem quase 15 bilhões de anos; o planeta Terra tem quase 5 bilhões de anos; o que são os meus meros 70-80 anos? Não devemos gastar o nosso tempo em uma direção que não nos fará feliz.
A maior falha humana são os modelos mentais criados sobre a “Vida Perfeita”.
Veja o desenho abaixo.

A grande parte das pessoas fez, quando criança, desenhos parecidos com esse. Pergunte a sim mesmo e aos que te cercam o porquê se desenha assim. Analise: onde você, quando criança, viu uma casa com telhados inclinados? Telhados inclinados são típicos de regiões com neve, para que a mesma possa escorregar sem sobrecarregar o telhado e, como conseqüência, rompe-lo. Macieira? Tirando áreas restritas no Brasil, a grande parte da população nunca viu uma macieira. Chaminé? Outro ponto que também é raro dentro dos centros urbanos, onde a maioria da população está localizada. Não se sabe onde começou esse modelo de desenho, provavelmente é resultado dos livros de história infantil de origem européia e que foi passando de mãe para filho. Viu? Você tinha percebido uma ação automática em você sem compreender o porquê dele? Igual a esse exemplo, a nossa vida está repleta. Como quebrar esses modelos? Saber quebrá-los é o ponto chave para encontrar o caminho que o irá fazer feliz e se tornar um ser extraordinário.
É fácil? Não! Porque temos muitos hábitos e conhecimentos que já estão viciados e identificá-los é tão difícil quanto achar um erro em um texto criado por nós após ler mais de dez vezes. Ficamos cegos a situação.
A melhor forma de identificar os modelos é tentar pensar fora da caixa, ou melhor, sem a caixa. Conviva com pessoas que não fazem parte da sua vida profissional ou da sua infância. Leia sobre assuntos diversos, busque opiniões diversificadas e, principalmente, pense/medite, veja quem é você nesse meio. Olhe a atitude dos outros e avalie o quanto faria sentido se você aplicasse os mesmos hábitos e idéias colocadas por eles. Pense como seria se fizesse o contrário. Pense em você em situações totalmente inusitadas ou mesmo absurdas. Será que é tão inusitada ou absurda assim?
Ouvir Beethoven sem gostar de música clássica? Curtir uma obra de arte sem entender a arte? Fazer engenharia em vez de direito?
A felicidade está nas pequenas coisas, mas que faz diferença no todo, e, com certeza, você será extraordinário no que faz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oceano de Gente - Tudo é uma questão de atitude

Esse livro é o primeiro rascunho da minha meta de publicar oficialmente um livro sobre Atitude. Está em uma linguagem simples e tem como objetivo atingir um público com até 5 anos de formado. Isso não implica que pessoas com mais tempo de formação não irão aprender com o conteúdo colocado.
Sugestões são bem vindas para melhorar o conteúdo.
A versão final deverá ficar pronta no final de 2010.
Ótima leitura a todos!
http://www.scribd.com/doc/33939683

Sustentabilidade e Inovação

Ainda hoje as empresas tratam a sustentabilidade de forma desprendida da inovação. Quando associada, ela trata a inovação para ações diretas de sustentabilidade focada em tecnologia para reflorestamento e ações similares. A inovação pode ser de gestão, de processos e tecnologia. É muito ampla e de ação global, similar a sustentabilidade.
A tecnologia deveria ser, a todo momento, associada ao tema sustentável. Não podemos desenvolver tecnologias de médio e longo prazo sem estar alinhado com as diretrizes e tendências ambientais e sociais que estão ocorrendo no mundo hoje. Isso mesmo, mundo. A legislação brasileira nem sempre está articulada ou associada as tendências mundiais, mas em relação ao meio ambiente isso muda um pouco de figura. Lógico que respeitando as particularidades de cada região. Isso faz lembrar que o desenvolvimento de cultura de inovação está diretamente relacionada a capacidade de inovação. Os dados da INSEAD que medem a capacidade de inovar e sobre a cultura de inovação por país mostra que a capacidade de inovar cresce de forma exponencial com o aumento da cultura em inovação.

Para um programa sustentável eficiente ainda necessita de muito desenvolvimento e de muita orientação e treinamento. Esse tema ainda não é consolidado pelos empregados (equipe técnica) das empresas, estando muito ainda associado a cúpula das empresas.
A sustentabilidade não se resume a ações para os stakeholders externos e nem investimento de capital, deveria estar mais relacionado a geração de renda. Outro ponto é que quanto mais uma empresa conseguir maximizar os seus ganhos mais ela estará disposta a investir em sustentabilidade. Quando conseguimos reduzir as perdas ao longo de um processo produtivo estamos atuando em 3 vertentes da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. A ambiental implica na redução de emissões devido ao reprocessamento ou mesmo na redução na geração de resíduos. Na parte social os impactos podem ser a geração de empregos (lucratividade gera contratação) e a geração de riquezas devido ao pagamento de taxas e impostos. A redução das perdas gera redução de custos e, como conseqüência, a margem de ganhos por produto cresce e pode até mesmo ocorrer o aumento da produção. Essas ações deveriam ser computadas e apresentadas pelas empresas. Não deve ser encarado pela sociedade como obrigatoriedade por parte das mesmas e nem porque a fez gerar lucro. Sem LUCRO as empresas não funcionam e não investem em ações sustentáveis e podemos quebrar a economia de diversas cidades/municípios se não fortalecermos esse aspecto. Obrigações todos nós temos no dia a dia, seja no âmbito profissional ou no pessoal, e muitas das ações nós deixamos de realizar como cidadão, então deveríamos refletir antes de julgarmos o outro.
Os profissionais de hoje não devem pregar novas idéias sem analisar o quanto ela é sustentável no curto, médio e longo prazo. Se todos nós tivermos esse tipo de atitude, não importará o número de habitantes que teremos no futuro, pois teremos um planeta terra saudável e produzindo mais por menos. Integre tudo, desenvolva uma visão sistêmica. Uma ótima idéia analisada de forma isolada pode acarretar perdas tanto para frente quanto para trás em um processo como todo. Seja diferente, não fale, faça! Não tenha vergonha da palavra Lucro, quando sustentável. Pense Sustentável, pense sem a caixa.

A Cultura e a Empresa

A cultura é um dos itens que deveria ser considerada um dos pilares estratégicos das empresas. Podemos falar de ética, de sustentabilidade, de inovação ou de qualquer outro aspecto, mas sem o desenvolvimento da cultura, se tornam apenas palavras bonitas integrando a visão, missão e os valores da empresa.
O desenvolvimento de cultura é um processo complexo e que deve ser realizado por profissionais capacitados e preparados, pois uma falha pode destruir tudo aquilo que a empresa quer construir. E esse desenvolvimento deverá ser realizado não somente internamente mas com os principais stakeholders.
Para que desenvolver a cultura? Quando analisamos eventos regionais com décadas de existência, percebemos que a população adere de forma natural a aquela tradição sem resistência e a defende de forma a sentir orgulho, agregando valor a sua vida. Faz parte do eu de cada um. Esse é o ponto, os valores e a estratégia das empresas devem fazer parte do eu de cada funcionário. Dessa forma, conseguimos maximizar o retorno de cada um. Isso implica em geração de idéias que possam trazer melhorias aos processos, gerando novas práticas – Inovação. Um ponto muito importante é que fará com que cada um crie uma imagem cada vez melhor da empresa e irá transmitir isso de forma natural para todos os stakeholders.
Uma outra abordagem da cultura são os valores intrínsecos na região de atuação da empresa a identificação dos valores locais e suas tradições é primordial para o fortalecimento da empresa e sua perpetuidade. São inúmeros os exemplos de sociedades que fecharam empresas ou impediram novos empreendimentos. Um paradigma interessante, mas que mostra a força do conjunto que forma os stakeholders. Apesar de trazer progressos para a região, ferir ou não estar alinhado com o que eles acreditam, faz com que passem por cima da riqueza gerada. Dentro da empresa, que normalmente utiliza grande parte do seu quadro de profissionais pessoas que se desenvolveram na região, pode gerar insatisfação e, com isso, queda de produção e aumento de perdas e problemas. Sempre que perguntamos a um profissional o que ele gostaria, muitas vezes vem a questão da remuneração, mas existem diversos casos de pessoas que mudam de emprego para ganhar menos. Porque isso? Isso está relacionado ao clima da empresa, aos valores dos gestores e dos parceiros internos, ou seja, a cultura desenvolvida internamente.
A questão da cultura deveria ser ponto de atenção em todas as empresas, independente do tamanho das mesmas. Necessitam investimento? Sim, mas é proporcional ao tamanho da empresa. O retorno é intangível. Apesar de algumas ainda serem relutantes a processos ou projetos onde o retorno é intangível, o mundo hoje está abrindo um campo para essa linha. Não estamos ainda preparados para mensurar tudo. Não podemos esquecer o que move o mundo e a sua empresa, ou mesmo seu setor de atuação, são as pessoas. As crises econômicas são, em parte, potencializadas pela estéria comunitária. O poder do ser humano é muito grande, mante-los estimulados é difícil, mas podemos ter ações no dia a dia que minimizam as insatisfações e, com isso, as perdas de produtividade.
Entenda a cultura da região e de seus colaboradores, identifique o que agrega valor ao dia a dia deles e leve parte disso para o ambiente corporativo e crie ações para fixá-las e transformá-las em parte do oxigênio que mantêm a empresa viva.
Várias ferramentas devem ser utilizadas na empresa para agregar valor e aumentar a competitividade. Muitas parecem puro modismo, mas não o são. Exemplos de ferramentas como Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento, Inteligência Competitiva, Inteligência do Negócio e do Mercado, Inteligência Tecnológica, Inovação, Sustentabilidade entre outras. Muitos encaram como modismo porque por um período curto fica muito evidente e depois some. Nesse momento que sai da mídia intensiva a empresa já deveria estar com ela enraizada. Olha a Gestão da Informação e a do Conhecimento. Hoje, os dados são considerados ativos pelas empresas e a proteção e a pronta disponibilização dos mesmos permitem agilidade na tomada de decisão, além de minimizar os riscos. Da mesma forma, contratamos milhares de consultores dentro das empresas por desconhecermos a expertise existente internamente. Muitos processos ficam travados porque não temos a pessoa certa para desenvolvê-los. Isso é, em parte, a Gestão do Conhecimento (ganhos intangíveis igual a Gestão da Informação). A inovação está no meio da onda e a sustentabilidade está começando a apontar, ambas são importantes para a perpetuidade do negócio, definidos pela competitividade. Mesmo sendo lucrativas, empresas não sustentável em todos os aspectos correrão riscos de serem fechadas. Mas o que adianta tudo isso se não é criada uma conscientização sobre o processo? As pessoas não irão colocar dados nos sistemas, não irão utilizar os sites de relacionamento internos para disseminação do conhecimento. Cultura e nada mais