quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Livre para Decidir

Todo individuo é livre para decidir o caminho que quer trilhar na vida profissional. Tudo é uma questão de escolha, de definir os trade-off que a vida apresenta ou que corrermos atrás, é o quanto o individuo tem atitude para mudar, para arriscar e para aceitar.

É livre para ficar como 10 anos como Junior na empresa, é livre para decidir em ficar em um emprego que não respeite ou valorize o seu trabalho, é livre para reclamar, é livre para sorrir, livre para fazer o que quiser fazer.
Ficar parado na vida profissional não é um problema, é um risco se mal posicionado. É uma via de escolha. Pedir demissão de uma empresa que permite estabilidade para entrar em outra com uma única certeza, o nome dela, é uma opção também.
Hoje existe uma cobrança que o profissional tem que ser isso ou aquilo, mas tem espaço para todos. O único problema é a escolha de ser um tipo de profissional e a atitude ser outra, é como se estivesse no lugar errado na hora errada. Ambição sem paixão destrói carreiras, a sua e das pessoas que estão próximas a você. Para definir metas pessoais e criar desejos nós temos que nos preparar e, principalmente, nos conhecer. Desejar ser o presidente mas tem preguiça de gente não lhe trará felicidade e resultará perdas para a empresa. Chegar, chega, mas não se mantêm, não na sociedade de hoje.
Sonhe, mas sonhe todos os dias. Siga a sua intuição ou aprenda a segui-la. Conheça os seus limites e trabalhe para quebrar as barreiras, caso seja um impeditivo para atingir seus objetivos.
Sonhe com o coração, sonhe em conjunto, sonhe em separado. Ninguém cresce hoje sozinho. A velocidade que está crescendo a informação e o conhecimento disponível é tão grande que ter acesso ao conhecimento necessário para a execução das tarefas é impossível, é preciso identificar parceiros. Não é ter conhecimento somente, é saber usar o conhecimento, seja seu, seja a dos seus parceiros.
A velocidade é tal que mal nasceu a geração Y e já tem a geração Z. A geração X sobreviveu mais de uma década, a dos baby boomers mais ainda.
Se você decidiu ficar em uma posição mais tranqüila, isso não te denigre e nem deveria, mas apenas reconheça que essa foi a sua escolha. Caso tenha decidido crescer, se transformar em um ser mutante, que se transforma a cada momento devido as mudanças e geração de conhecimento, lembre-se, não é um caminho fácil. No mundo de hoje, vemos a todo o momento que a vida é um ciclo que as empresas e as pessoas entram e saem das nossas vidas a todo o momento. Trabalhe em equipe, esse será o caminho mais saudável e com maior garantia de sucesso.
Não siga um modelo por modismo, nem fique desesperado se você não faz parte da geração A, B ou C. O mais importante é saber o que é realmente bom para você mesmo e trilhar sua vida nessa direção.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Será que faltam líderes?

Vários textos têm comentado sobre a falta de líderes, sobre como identificar e qual o perfil do líder para a geração Y e outros.

Será que faltam lideres no mercado? Ou será que nós não oS identificamos?
Muitos gestores ainda são definidos baseados na confiança técnica, mas um bom técnico não necessariamente é um líder. Nesses casos, a empresa acaba perdendo um ótimo técnico.
O líder é a pessoa que consegue tirar o melhor da equipe, este não necessariamente será um destaque técnico, mas conseguirá agregar valor devido a comunicação, a capacidade de interagir e compartilhar conhecimento. Muitas vezes funciona como um elo na equipe.
Para esses lideres se destacarem e para se tornar possível a sua identificação, as empresas precisam investir realmente na carreira Y. É preciso também quebrar o modelo mental dos profissionais que acreditam ainda que para se sentirem reconhecidos precisam virar gestores. O mais interessante é que a geração Y, conforme descrito por vários autores, são pessoas que querem ser ouvidas, querem oportunidade, qualidade de vida e outros, mas quando entram na empresa, desejam se tornar gestores, como ser gestor fosse sinal de liberdade e tranqüilidade. Essa nova geração vem com o mesmo modelo das outras gerações.
Existe apenas uma área que pode mudar essa cultura, a área de recursos humanos (RH). O RH precisa criar programas para orientar e educar os profissionais, criar planos de carreira bem estruturados, com vantagens similares ao que optarem seguir a trilha técnica.
Para mostrar o descompasso, os gerentes possuem benefícios diferenciados, mas os que seguem o outro braço do Y não o possuem. Outro ponto é que o paralelismo da carreira em Y morre até o primeiro nível gerencial. Existem exceções, mas as exceções deveriam ser ao contrário. Como realmente estimular esse profissional técnico?
Não adianta se preocupar, é preciso apenas ter atitude. Errar é humano, batido ou não, é a pura verdade. É preciso arriscar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que é Segurança da Informação? por Laryssa Miranda e Henrique Haas

Estudos estatísticos mostram que a perda de informação por invasão de hacker, cópias indevidas de material da empresa e espionagem não são as principais causas da vazamento de conhecimento. O principal disseminador dos dados e informações para o público externo é o próprio funcionário em conversas formais e informais. O usuário é o elo mais fraco quando se trata de segurança da informação e quando não orientado pode disseminar informações sem conhecer ou entender o impacto na competitividade do negócio.
Não adianta investir esforços somente em proteção de TI. Para variar, é preciso criar cultura sobre o assunto e a única forma de realizar isso é difundir os conceitos, o valor de cada informação e criar uma política clara com deveres e direitos de cada colaborador. Criar regras e procedimentos para o uso das ferramentas tecnológicas disponibilizadas pela empresa também ajuda a conscientizar o funcionário e a minimizar perdas por acesso indevido, principalmente quando existem implantados sistemas seguros, que garantem a integridade dos dados e informações alem de permitir diferentes perfis de acesso.
A política tem que estar alinhada com o negócio da empresa, caso contrário, se torna um entrave para o seu próprio desenvolvimento e de seus funcionários, além de gerar uma falsa sensação de segurança. O ponto de equilíbrio para a sua empresa sobre o quanto deve controlar e quanto deve abrir as informações depende do negócio e da indústria onde está inserida. Não existe um padrão, uma receita de bolo onde todos podem seguir. A empresa que copia modelos corre o risco imenso de perder competitividade por disseminação da informação confidencial.
É preciso prestar atenção na forma de elaborar e introduzir a política de segurança da informação e das normas nela inseridas afim de não gerar certa alienação nos colaboradores, criando insegurança e medo. Esta política pode barrar não só o que é indevido, mas também a informação que poderia ser útil a própria organização. Em parte, abrir a empresa em certos momentos é importante para captar informações externas. Encontrar o ponto saudável é essencial e para isso é preciso conhecer bem a cultura onde está inserida a empresa, entender seus stakeholders. Não se deve criar procedimentos sem respeitar e conhecer as crenças e hábitos locais. Quando se conhece o ambiente fica possível identificar a melhor forma de fazer os empregados absorverem os conceitos e entenderem o cenário.
Apesar das empresas saberem disso, ainda não existe um trabalho sistemático sobre o assunto. Caso você tenha um filho, é melhor colocar a cerca para ele não ir para próximo a piscina ou ensiná-lo a nadar para sobreviver em qualquer piscina? Esse é o papel da política clara e objetiva, ensinar a todos sobre como proceder nas “n” situações em que poderá vivenciar, para no mínimo quando tiver uma dúvida, saber a quem procurar.
Todo empregado precisa também se interessar pelo assunto e não ficar limitado somente a política. Ele precisa saber as conseqüências do mau uso dos dados, informações, conhecimentos e ferramentas que a empresa disponibiliza. Um e-mail cedido pela empresa é de responsabilidade da mesma. O envio de mensagens não alinhadas às políticas legais, éticas e morais ou o uso de software não regularizado expõem a empresa que irá se tornar responsável pelos danos causados, e a mesma poderá processar o empregado por tais danos. O contrário também é verdadeiro.
É correto o uso de ferramentas que possibilitem a empresa rastrear 100% das atividades do empregado a partir de sua infra estrutura, como o controle e monitoramento da rede, que gera relatórios completos do perfil de acesso a internet, conversas através de comunicadores internos e externos, correio eletrônico e inclusive os circuitos internos de TV as vezes dispostos até em banheiros? As empresas que utilizam dessas ferramentas tem todos os dados e informações registrados ao longo da vida do funcionário na empresa. Será que as pessoas que acessam a essas informações são pessoas bem instruídas para analisá-las? A imagem e a reputação de uma pessoa pode ser devassada quando em mãos incorretas.
Por outro lado, é impossível travar o conhecimento adquirido pelo funcionário durante seu período na empresa, colocar um cadeado para que não saia da cabeça dele (figura). Certos conhecimentos não podem ser disponibilizados principalmente quando o empregado se desliga da empresa. Isso é questão de ética. Muitos ainda confundem informação e ou aprendizado com conhecimento. A falta de uma política clara de segurança da informação na empresa, permitem perdas nesse sentido. O contrato de trabalho deveria prever uma cláusula para o caso de desligamento, mencionando um período após a saída onde o empregado não poderá divulgar qualquer informação da empresa. Existem casos de funcionários que se desligaram de uma empresa e levaram idéias e projetos inteiros para a outra afetando competitividade da anterior.


O limite das ações não é claro. É preciso dar início a um processo, criar a primeira política e adequá-la sempre que necessário, com revisão no mínimo anual. Monitorar ações no dia a dia do colaborador para identificar a eficiência e as falhas existentes. Todos nós somos responsáveis, a empresa e todos os colaboradores nela inseridos. O pior discurso é o “eu não sabia”. Mude de atitude!

domingo, 8 de agosto de 2010

Gestão da Inovação, do Conhecimento e Informação

Ainda existem muitas dúvidas sobre a área de atuação das Gestões de Inovação, Conhecimento e Informação. É importante que todos os profissionais conheçam e utilizem os conceitos de forma correta para não permitir perdas ou aumento da carga de trabalho da equipe envolvida devido a não compreensão sobre o tema de trabalho.
É possível fazer Gestão da Inovação sem Gestão do Conhecimento, mas se quisermos alavancar os processos, otimizar os recursos e maximizar os resultados, é importante implantar a Gestão do Conhecimento. O mesmo se aplica em relação à Gestão da Informação, pois, sem ela, a Gestão do Conhecimento fica limitada/restrita (figura).

Antes de entrar no assunto, é importante ficar claro que dados organizados geram informação e a análise da informação gera conhecimento (figura).

A comunicação, juntamente com a tecnologia da informação, permite acelerar o desenvolvimento de novas formas de geração, tratamento e distribuição dos dados e informações. Os dados, a informação, a inovação e a implementação de uma nova cultura traz vantagens competitivas sustentáveis nos tempos atuais.

A Gestão da Informação (GI) e sua inserção na estratégia da empresa é um fator chave na criação de valor e competitividade para a mesma. Cautela e Polioni (1982): "A informação é considerada como o ingrediente básico do qual dependem os processos de decisão".
Segundo Wilson (1989), a gestão da informação é entendida como a gestão eficaz de todos os recursos de informação relevantes para a organização, tanto de recursos gerados internamente como os produzidos externamente e utilizando, sempre que necessário, à tecnologia de informação.
A GI está relacionada diretamente com a área da Tecnologia da Informação (TI), mas sem uma padronização das atividades, processos e criação de normativos para os dados estruturados ou não, fica difícil ter uma gestão eficiente e qualquer ferramenta implantada pode não ser utilizada pela equipe. É preciso criar procedimentos claros para definir responsabilidades e os modelos de documentos. Dados são ativos das empresas e como tal devem ser tratados. A GI difere da TI porque conhece bem a área de negócios permitindo o uso eficiente dos recursos tecnológicos, faz prospecção/monitoramento, filtragem e obtenção de dados e informações, dissemina a informação ao público interessado e elabora produtos e serviços informacionais diversificados.
A Gestão do Conhecimento (GC) é uma linha desenvolvida no início da década de oitenta e, apesar disso, ainda não está presente em todas as empresas. Segundo Tom Davenport: “Coleção de processos que governa a criação, disseminação e utilização do conhecimento para atingir plenamente os objetivos da organização."
Ela é a união da GI, com o conhecimento explicito, e o conhecimento tácito existente na empresa, parceiros e mercado. Trabalha essencialmente com os fluxos informais e visa desenvolver nas pessoas um comportamento voltado ao compartilhamento e socialização do conhecimento para a construção de novos conhecimentos no ambiente organizacional. Ferramentas como redes sociais internas agregam no uso do conhecimento existente na empresa, como também o processo de transferência de conhecimento de empregados chaves na estrutura, principalmente os que irão se aposentar, entre outros. Segundo Capra “O poder da rede advém da sua propriedade de multiplicação inerente ao processo de fazer conexões. Quanto mais conexões existir na rede, mais densa ela será”. O desenvolvimento de uma rede favorece o intercâmbio de informação e conhecimento, alavancando os ganhos para a empresa, criando processos e métodos que transformam o conhecimento tácito em conhecimento explícito.
Antes da decisão dos métodos que serão utilizados, é necessário realizar um mapeamento das competências chaves aplicadas ao negócio e os processos inerentes a organização.
A inteligência competitiva, ferramenta importante para a competitividade da empresa, é dependente da GC. Não adianta olhar para fora se não conseguimos ver por dentro da instituição que trabalhamos. O retorno de um projeto e programa de GC bem desenvolvido e apoiado dentro da empresa traz vantagens competitivas e decisões mais precisas e rápidas, reduzindo os riscos de uma decisão errada ou incoerente. Segundo Stephen Storm “90% de tudo que nós precisamos saber é provável que alguém já saiba na companhia” e isso somente é possível através da GE.
Vale ressaltar que independente da área responsável, as áreas de TI e de Recursos Humanos precisam ser envolvidos.
O decreto 5.796/06 da lei federal 11.124/05 define a inovação como a “Concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado.”
A Gestão da Inovação engloba a GE e a GI, dessa forma, ela pode ser caracterizada como a economia baseada no conhecimento. É também responsável pelo monitoramento de tecnologias, desenvolvimento de projetos que trarão melhorias ao processo existente ou de novos processos e a gestão dos mesmos, gestão de patentes, busca de parceria entre outros. Apesar de ser possível realizar inovação sem GE, ela é totalmente dependente do conhecimento e da informação prontamente disponível. Os riscos de não-sucesso envolvidos nos processos e projetos de inovação são altos e quanto mais conhecimento for utilizado será possível definir e priorizar atividades presentes no portfólio de forma a reduzir eventual perda por uso de recursos de forma indevida e planejamento estratégico não alinhado com as tendências de mercado. A Gestão da Inovação deve incluir a Propriedade Intelectual (PI), muitas vezes esquecida pelas empresas. A PI não é a única via de uma invenção, mas, independente, a falta de conhecimento gera perdas, como o arquivamento de patentes* ou divulgação externa de conhecimento estratégico (ex.: Segredo Industrial). É preciso um trabalho forte de divulgação e conscientização dos empregados ao tema, além de uma gestão centralizada. Os dados do INPI mostram que o número de patentes arquivadas vem crescendo (figura). Isso traz perdas não somente para as empresas, mas também para o país, implicando em perda de competitividade e desestímulo das empresas que investiram em inovação e não podem mais gerar receitas com a invenção, resultado direto da falta de uma gestão clara nas empresas e universidades. Esse gráfico representa a perda do conhecimento por falta de gestão.

O mais importante é que esses três temas não devem ser encarados como um simples modismo. Todas as empresas que desejam sobreviver ao mercado, mantendo competitividade, precisam registrar o que é gerado de dado e informação e permitindo um ambiente de troca de conhecimento onde os empregados terão oportunidade de pensar “Sem a Caixa”, podendo inovar e alavancar os ganhos.

*Uma patente é um direito de propriedade sobre uma invenção, concedido por departamentos nacionais de patentes. Uma patente dá a seu detentor um monopólio (de duração limitada) sobre a exploração da invenção patenteada como contrapartida da divulgação (com o que se pretende permitir uma utilização social mais ampla da descoberta).

O Valor do Saber Aprender

Qual é o valor do aprendizado? O valor existe para quem consegue identificar o aprendizado em tudo que é realizado e executado. O valor existe para quem consegue captar e reproduzir o aprendizado. Os profissionais precisam aprender a aprender.

Tudo que é realizado gera aprendizado, menos ou mais, não importa, o ponto está em como perceber e agregar valor a esse processo.
O que limita o aprendizado é a discriminação que o profissional tem em relação às atividades, hierarquizando o trabalho.
O melhor analista é aquele que aprendeu a levantar dados, o melhor pesquisador é aquele que trabalhou no campo, no “chão de fábrica”, e o melhor profissional é aquele que coloca a “mão na massa”. Quem pula etapas de aprendizagem irá sentir impactos em toda a carreira.
Realizado com respeito e ética, onde a dedicação está sempre presente, com busca de parceiros e bom relacionamento, não existe trabalho que denigre o profissional. Muitas vezes são modelos mentais criados pelo próprio profissional.
Quando uma carreira é iniciada, o choque é grande, principalmente quando existem profissionais seniores presentes no ambiente. Se o jovem profissional se baseia nos seniores, pode ocorrer frustração, porque o mais importante é esquecido, esses profissionais estão hoje onde estão porque no passado construíram uma base sólida executando todas as atividades sem priorizar ou hierarquizar. Não existe quem está por baixo e quem está por cima, essa referência é criada por nós mesmos.
O bom profissional é aquele que vê oportunidade de aprendizado em tudo que ele executa, é aquele que se doa, é aquele que se coloca disponível, pois, dessa forma, ele estará sempre em meio aos mais experientes, gerando mais aprendizado. Esse ponto é importante, muitos dizem que o aprendizado vem com a experiência própria. Essa afirmação é outro modelo viciado disseminado de forma indiscriminada. É possível sim aprender por observação, incluindo a geração de conhecimento comportamental.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Qual é o limite da Inovação?

Qual é o limite da inovação? Existem indústrias que estão praticamente estagnadas e outras que geram centenas de inovações por ano. Quem está certo? Não existe certo ou errado. Cada indústria, cada segmento tem uma necessidade de inovar.
Podemos ter duas certezas, a empresa que tem zero de inovação está fadada a morrer e, no extremo oposto, empresas que inovam além do necessário, estão desperdiçando dinheiro ou mesmo interferindo na sustentabilidade da humanidade, induzindo ao consumo desnecessário. Como cidadãos nós temos que nos conscientizar na questão do consumo, mas isso não deve inocentar as empresas. Essa inovação abusiva está presente no nosso dia a dia. Vemos várias propagandas sobre novos modelos de escova de dente, mas quantos realmente esses novos modelos são melhores do que os outros desenvolvidos anteriormente? Não é claro para nós a eficiência de cada produto e podemos estar consumindo uma falsa inovação, de forma similar das empresas que fazem falsa propaganda para se mostrar sustentáveis. Um bom exemplo é a empresa que coloca no seu rótulo que o produto não contém CFC. O CFC é proibido no país, então todos os produtos não podem conter essa substância. É necessário sermos mais eficientes nas normas, legislações e fiscalizações, é necessário também que a população se conscientize cada vez mais sobre as suas ações e os impactos que são gerados.
A competitividade é saudável, o consumo também, mas se exagerarmos hoje, no amanhã talvez não tenhamos diversidade nas prateleiras, não teremos muitas opções de escolha. Apoio a inovação que permite a sustentabilidade e a perpetuidade da vida com qualidade.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O texto abaixo "Competir? Até Quanto?" representa o primeiro texto que escrevo em parceria. Nilce Alves é uma parceira minha de trabalho de anos e nada melhor que começar a escrever em conjunto falando sobre competição e trabalho em equipe. Espero que gostem. Nilce, obrigada pela parceria!

Competir? Até Quanto? por Laryssa Miranda e Nilce Alves

Sabemos que o número de vagas disponíveis na cidade de São Paulo é semelhante ao número de desempregados. O que falta é pessoas preparadas para assumir essas posições. 
Porque existe então competição? Porque limitamos o nosso mundo ao meio que estamos inseridos, a gerência que fazemos parte, com isso, ficamos cegos e achamos que a nossa posição está sempre em risco. Nem sempre somos o que realmente parece quando estamos no nosso ambiente de trabalho, porque as pessoas irão dar o melhor de si apenas se o ambiente permitir. Se não enquadramos na cultura desse ambiente não iremos usar o nosso real potencial.
 
Outro ponto, já mencionado em outros textos, é que quando não nos informamos, estudamos e tentamos entender de forma sistêmica as nossas atividades, estamos perdendo espaço para o outro.
 
Independente disso, ninguém é sozinho, ninguém cresce sozinho. Todos nós precisamos uns dos outros. Trabalho em equipe não é uma demanda, não é moda, é um fato, não tem mais como desenvolver em um meio profissional se você tem problemas em relacionar com o próximo. A demanda é cada vez maior, e o tempo para dedicarmos ao conhecimento adicional é cada vez menor. Hoje, aprender em meio a equipe está se tornando um dos meios mais rápidos e ricos para o aprendizado. Se é assim, porque não fazer do melhor modo possível?
 
Pode parecer batido, mas duas pessoas pensando juntas multiplica-se o conhecimento, não é uma simples adição. Isso é perceptível em todas as conversas e discussões. Cada um tem uma história e, em vez de duas histórias, criamos uma terceira história juntos, mais ricas e mais sólidas
 
Colaborar sem invadir, participar sem intrometer, sugerir sem menosprezar, criticar sem ofender,  elogiar sempre com sinceridade, celebrar os sucessos e superar os fracassos, ir em frente,  sabendo que cada um tem seu papel e que ninguém é perfeito. Isso é um desafio que todos nós temos que enfrentar para tornar o seu meio mais fluido e rico permitindo um ambiente mais agradável para você e seus pares.
 
Você precisa aprender a se ver na íntegra e aprender a ouvir para conhecer aquilo que você não enxerga em si mesmo, assim você poderá valorizar os seus pontos fortes e agregar valor a si mesmo.
 
Quem está ciente de seu valor não teme elogiar um colega diante de seu chefe, muito menos realizar críticas construtivas aos parceiros. Quem está ciente de seu valor sabe jogar, ganhar e perder e voltar ao jogo e se tornar melhor. Haverá sempre alguém melhor com quem se possa aprender e alguém atrás a ser incentivado.
 
O difícil é ter esta ciência, no meio de tantas vivências e aprendizados, sobre a aplicação desses pontos de mente aberta, sem o emocional interferindo. As emoções, preconceitos, desejos, medos, sejam eles reais ou imaginários, construtivos ou destrutivos, corroborados ou não por aqueles que nos cercam. Necessitamos de aprovação e de reconhecimento. Cada um por sua qualidade, na justa medida. E claro, é também preciso dar este reconhecimento aos outros também, onde muitas vezes falhamos. Então, porque competir desenfreadamente? Competir é saudável, mas até quanto você deve fazê-lo?