segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Como você gasta a sua energia no dia a dia?

Cada um divide o seu dia de acordo com o estilo de vida. Algumas mulheres irão responder que gastam 100% da energia com a família, outras irão dizer que gastam 30% da sua energia com a família, 20% com MBA e esporte e 50% com o trabalho. Não tão diferentes seriam os homens, acrescentando, em vários casos, um percentual com os amigos.

Como fica quando perguntamos como a energia é distribuída no trabalho? Provavelmente a resposta ficaria próximo a 30% com e-mails, 20% no telefone, 40% em reuniões e 10% para executar, correto? Bem, para alguns sim, mas, para a maioria... O problema não é gastar muito tempo com e-mails e reuniões e ter pouco tempo para a execução, o detalhe aqui é que as pessoas não sabem contabilizar a energia que é jogada fora todos os dias. Exemplos?

1. Você fica preocupado com o quanto o outro ganha, ou seja, salário?

2. Você fica analisando quem é protegido do chefe ou não?

3. Você fica criticando que o outro sabe nada e tem tudo?

4. Você fica pensando como passar na frente de todos?

5. Você faz questão de ficar difamando quem você não gosta ou teve desentendimento?

Como esses, temos vários outros exemplos. Se você respondeu não para todas as perguntas, você é um E.T..
A cada segundo que a gente se abre para essas coisas, estamos jogando fora pelo menos mais 3 segundos. Esses assuntos nos contaminam, nos geram raiva, magoa, chateação, além de outros sentimentos negativos. O pior, depois ficamos lembrando, não somente na hora do trabalho, mas no momento do descanso. Vira uma bola de neve e quando damos por si... estamos totalmente contaminados e contaminando os mais próximos. A perda de energia começa a ser exponencial.
se, em vez de gastarmos essa energia de forma desnecessária e muitas vezes destrutivas, dedicássemos a execução, ao estudo e a incentivar o trabalho do próximo, teríamos um ambiente mais rico, não precisaríamos trabalhar fora do horário, teríamos toda a flexibilidade do mundo para sair de férias e o melhor clima de trabalho.
A perda de energia por ações negativas é a pior para se recuperar. O ser humano tem tendências depressivas. É mais fácil ficar triste ou bravo do que ficar feliz.
Falamos em organizar o nosso tempo para produzirmos mais, mas nunca falamos em organizar a nossa energia ao longo do dia. Um meio? Foque no seu crescimento, não questione a do próximo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A História das Coisas

Para quem não viu ainda, esse vídeo é muito interessante para termos noção do nosso consumismo e o impacto ambiental que ele está associado. Um pouco exagerado, na minha opinião, mas imagine o que será do mundo com apenas 50% do volume de lixo gerado.
Boa diversão!
http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Vida como uma Receita Inventada

Quem não tem conhecimento refinado em culinária mais gosta de se arriscar na cozinha entenderá esse texto.

Quando resolvo cozinhar, nunca olho a receita. Muitas vezes estou no supermercado e imagino o que gostaria de cozinhar. Sem receita, como escolher os ingredientes? Com a mente liberta de preconceitos começo a imaginar o que combina com o que, qual o melhor tempero, o melhor complemento, apenas relacionando o cheiro, a visual e a textura, algumas vezes arrisco o sabor.
Essa mistura virtual é realizada pela experiência e vivência que eu tive, o conhecimento e o aprendizado talvez sejam os ingredientes principais.
Se for peixe, se é frango, se é carne de boi ou outra carne exótica, que seja um prato vegetariano, legumes, cogumelos, qualquer coisa, independe, quando selecionamos o ingrediente principal, adaptamos tudo a ele para sair perfeito o prato sonhado ou imaginado.
Pois é, é assim que vejo as pessoas do meu relacionamento, seja do trabalho, seja da aula de inglês, seja de qualquer lugar, cada uma é, de forma comparativa, o ingrediente principal de um prato que deverá ser tratado de forma impar, interpretada e valorizada de acordo com o seu perfil. Não estou dizendo que temos que bajular cada um, uma receita perfeita pode chegar a ótimos resultados com temperos diferentes. A história é entender e respeitar as diferenças e tratar o próximo com um mínimo de respeito ao perfil, assim você tira o melhor do próximo.
Muitos devem achar que não vale a pena, porque não vale a pena fazer se o próximo não tenta fazer o mesmo. Sei o que isso representa, várias vezes ao ano penso jogar tudo para o alto, mas o meu desejo de tratar bem as pessoas e tirar o melhor delas não permite essa ação. O maior problema é que sempre que pensamos que o próximo não faz ou não fará, estamos atrasando a evolução para um ambiente melhor de se viver.
Em outro texto comento sobre a falta de gentileza. As pessoas se dão ao luxo de tratar mal porque são tratadas mal, são capazes de tratar mal porque não entendem e não se colocam na posição do outro, não aprendem a lidar com cada tipo de perfil, esquecem que não deveriam fazer ao próximo o que não gostariam que fizessem com elas. Tudo começa de um ponto, dê o pontapé inicial!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os Quatro Lados da Verdade por Laryssa Miranda

Dizem que tudo na vida tem dois lados, mas descobri que tem ao menos quatro. Não existe verdade verdadeira, existe a sua verdade, a minha verdade, a realidade onde vivemos e as leis que nos regem. Existe um modelo de lógica simples muito utilizado no direito. Faz a gente sair da nossa verdade verdadeira para outras verdades existentes. Veja a figura abaixo sobre o Quadrado Lógico:
O quadrado lógico é representado pelas vértices:
A - universal afirmativa (Todo homem é mortal)
E - universal negativa (Nenhum homem é mortal)
I - particular afirmativa (Algum homem é mortal)
O - particular negativa (Algum homem não é mortal)  
As vértices desse quadrado estão logicamente relacionados, permitindo 4 tipos de análises lógicas (Wikipedia):

  • Proposição 'A', a afirmação universal ("universalis affirmativa"), cuja forma em latim é "omne S est P", normalmente traduzido como "todo S é P".
  • Proposição 'E', a negação universal ("universalis negativa"), cuja forma em latim é "nullum S est P", normalmente traduzido como "nenhum S é P".
  • Proposição 'I', a afirmação particular ("particularis affirmativa"), cuja forma em latim é "quoddam S est P", normalmente traduzido como "algum S é P".
  • Proposição 'O', a negação particular ("particularis negativa"), cuja forma em latim é "quoddam S não est P", normalmente traduzido como "algum S não é P".



Um exemplo seria a análise da seguinte frase: "Todo homem cabeludo que anda de moto é deliquente"
Primeira Premissa: Todo homem cabeludo que anda de moto é delinquente.
Segunda Premissa: O diretor de recursos humanos de uma major anda de moto..
Conclusão: O diretor é delinquente? Não se pode universalizar um caso particular, sendo falacioso, porque nesse caso específico, gera preconceito.
Nos contra argumentos percebemos que a nossa verdade pode ser falsa, como mostra o exemplo, onde o diretor não é delinquente, e sim uma pessoa culta e de muito respeito. Podemos estar nos baseando em premissas sem lógica, sem fundamento, gerando falsas conclusões a todo o momento. 
Esse exercício pode ser realizado de forma concreta com um pedaço de papel e lápis ou mesmo mentalmente e poderá ajudar a quebrar modelos mentais e paradigmas se exercitado. Aprender ver a verdade em pelo menos nesses quatro lado aumentará a nossa percepção do mundo, tanto pessoal quanto profissional, gerando um mundo melhor para nós mesmos, sem se iludir com as falsas premissas que nos guiam. O mundo ficará melhor compreendido, aprenderemos a lidar melhor com os nossos problemas e com as diversas personalidades e culturas que nos rodeiam. Pense nisso!

sábado, 16 de outubro de 2010

Você possui direitos

Os danos morais são aqueles que acabam por abalar a honra, a boa-fé subjetiva ou a dignidade das pessoas físicas ou jurídicas. 
Em países desenvolvidos o direito é garantido se provado o dano moral.
 
No Brasil, a história é outra. Processar por danos morais virou uma indústria gerada por oportunos que desejam ganhar um dinheiro a mais. Isso não deveria invalidar os verdadeiros casos de dano moral, mas infelizmente é o que está ocorrendo. 
Não conseguir ver o seu direito valer e ser descriminado por acreditar no serviço prestado, que muitas vezes nos coloca em situações abomináveis, está virando uma prática. Provas e argumentos estão perdendo valor. 
A perda da credibilidade na justiça aplicada a esses casos fazem que sejamos tratados cada vez pior pelos prestadores de serviços e estamos tendo acesso a produtos com qualidade questionável. Oferecer um serviço e não cumprir, deixando você, em algumas situações, em perigo e/ou pânico ou mesmo aborrecido (pense você sozinho com seu cartão de crédito do banco infalível em um país árabe com o sistema ficando off line a todo o momento, não permitindo saques ou pagamentos, por exemplo) e ser considerado ingênuo porque levou apenas um cartão de um banco, porque não testou, porque não olhou, porque não perguntou e milhares de porquês, tira cada vez mais o compromisso das empresas em qualidade de serviço ou produto. 
Nós, brasileiros, temos que aprender a lutar mais pelos nossos direitos e não podemos deixar ser enganados por desconhecê-los. Pagamos caro para ter educação, para ter acesso a qualquer serviço ou produto, mais caro que grande parte do mundo. Ninguém está fazendo um favor para nós, nós vivemos em sociedade, os dois lados se ajudam, sem um... sem o outro. Quero comprar, mas preciso de alguém que venda. 
Não é para sair processando, mas sim, conscientizando. Leia a CLT, leia o direito do consumidor, leia o que for aplicado a você, se informe, você verá que possui mais direitos do que você imagina. Ajude a mudar o nosso ambiente, que o certo seja aplicado, que nosso sonho não seja perdido por pessoas de má fé. Faça o seu direito valer! Respeito, você merece!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A inspiração é fruto da observação por Laryssa Miranda

O que é Inspirar? O que é Observar?
Inspirar é fazer nascer o entusiasmo criador, nascer a idéia criativa ou mesmo utilizar algo ou alguém como modelo.
Observar é olhar com atenção, reparar em, notar, é examinar, analisar e verificar, cumprir e respeitar.
A observação é ferramenta da inspiração. É muito difícil desconectarmos de nós mesmos, das nossas vivências e conhecimento. Além disso, inovar, fazer diferente, na maioria das vezes não é criar algo que não existe no mundo, é usar o que existe ou juntar coisas que existem em uma única. Esse poder de perceber melhorias usando a percepção é inspirar em cima da observação.
Muitas vezes os empregados ficam cegos a essas inspirações porque estão viciados aos modelos mentais das empresas ou da indústria. Frases como “Sempre funcionou assim”; “É assim que trabalhamos” ou “Todos fazem assim” são assassinas da inspiração. Se sempre funcionou assim fosse o correto nenhuma indústria teria evoluído, pois ela não evolui somente em novos produtos, mas em processo, gestão e mercado. Imagina se o primeiro carro comercial desenvolvido pela Ford, Model T, no início do século passado fosse ainda o produzido hoje. A linha de produção era pura inovação na época, pois permitiu a fabricação de um carro em escala industrial, reduzindo os custos e atingindo uma massa maior de consumidores. Era um carro elétrico, sustentável, em parte, mas era apenas de um modelo e cor. A população mundial era de 1,834 bilhão de habitantes, contra os 7 bilhões que deverá chegar em 2010. O processo podia ser eficiente no passado, mas com certeza não o seria agora. Estava funcionando bem, mas não funciona mais. Uma nova onda é a sustentabilidade, isso implica que vários processos atuais que funcionam bem não irão funcionar no médio e longo prazo. O produto poderá até ser o mesmo, mas a gestão do processo não será mais somente de como chegar até ele, mas irá considerar também o depois dele.
Na década de 90 do século passado recebi o desafio de caracterizar a mineralogia de um rejeito com 4ppm de um elemento especifico. Foi considerado quase impossível. Utilizei o conceito sobre dinâmica de rio para conseguir concentrar esse material e a caracterização foi um sucesso. Esse método passou a ser utilizado para concentrar qualquer minério com baixíssimo teor e de alta densidade, tal como o ouro. É a observação da natureza tornando uma inspiração para um processo laboratorial.
Outro ótimo exemplo é a energia mimética que tenta simular mecanismos dos seres vivos que fazem uso de forças físicas para um menor consumo energético, tais como os gradientes de concentração (www.agendasustentavel.com.br).
A inspiração é uma arte traduzida de conhecimentos diversos. Pense nisso e veja o quanto você tem estimulado ou está preparado para deixar a inspiração fluir, mais ainda, o quanto você acredita na sua inspiração e tem coragem de colocá-la em prática.

sábado, 2 de outubro de 2010

HOJE por Laryssa Miranda

Esse texto será diferente, irei escrever em primeira pessoa para argumentar com exemplos reais e, quem sabe, atingir o meu leitor com o maravilhoso aprendizado que percebi hoje.
A minha vida sempre foi maravilhosa, principalmente quando a alegria toma o meu ser. Invejável? Acredito que não, pois vivi muitas experiências negativas, como a saúde do meu pai, a perda de amigo, colegas de trabalho que não se focam no crescimento próprio e tenta te bombardear de energia e atos ruins, entre outros. Independente dos momentos ruins, eu aprendi muito com eles e, acreditem se quiser, era para crescer que eles ocorreram. Um bom exemplo foi quando perdi uma grande amiga por motivos ainda misteriosos. Na época achava muito estranho e até sofri, mas hoje percebo que a minha vida voou, alcançou ares jamais imaginados. Essa pessoa estava me travando, não por maldade, mas porque o nosso relacionamento já não me permitia crescer. Nessa época eu mudei de emprego, pois ela era a minha gestora e ela não conseguia separar as coisas e acabava-me “boicotando”. Na realidade, isso era um movimento da vida para sair, mudar, crescer e “bater asas”!
Acredito mesmo que tudo tem seu lado positivo, basta procurar e, ao achar, você poderá curar do mal que nos atinge quando algo ocorre fora do planejado.
Estava no cinema assistindo “Comer, Rezar e Amar” quando caiu uma ficha sobre que o mundo é como você o vê e como você o trata.
Estou passando por um momento onde a ansiedade e a insegurança batem a porta, momento esse de mudança, onde mudei o meu humor. O mais incrível é que passei por grandes mudanças 4 vezes durante oito anos e agora seria a quinta vez, mas parece que, em parte, esqueci que adoro mudanças, que amo o novo, que gosto de começar do zero. Com essa falta de memória minha, deixei alguns sentimentos tomarem conta do meu ser.
Quando saímos do nosso eixo e mudamos o humor começamos a tratar o mundo com menos paciência, tendemos a ser mal educados e a responder de forma mais ríspida e isso só gera mais rispidez, pois o outro irá responder a altura porque é isso que estamos tirando do próximo, o que ele tem de ruim. Parece bobagem, mas estamos no fio da navalha a todo o momento, existem armadilhas para todos os lados que estão prestes a nos abocanhar. Todos irão concordar comigo, é mais fácil ser triste do que ser alegre, é mais fácil ser mal educado que gentil, é mais fácil roubar do que suar para ganhar o dinheiro honesto.... apesar disso, podemos ter um mundo melhor para nós pensando como a gente interfere no outro analisando como nos sentiríamos se fosse com a gente. Porque para passar na frente de um carro no trânsito preciso mostrar o polegar? Porque a seta não funciona? Quantas vezes você deu seta e não deram passagem a você e isso te irritou? Quantas vezes você fez o mesmo com o outro? Perguntas como essa deveríamos fazer a todo o momento. Não faça ao outro o que não gostaria que fizessem com você. Não importa o quanto batido é, importa o quanto você quer ser feliz e o quanto você quer ter uma vida agradável.
Faça uma experiência, pegue um dia seu feliz e perceba como passará o dia. Felicidade na alma e mente. Depois me conte aqui.

domingo, 26 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cadê a Gentileza?

Essa é uma pergunta que está ficando sem resposta. Onde esta a gentileza no trabalho, no relacionamento, na família, no atendimento...? Parece que sumiu, que as pessoas esqueceram, deixaram para trás, não vêem, talvez, mais sentido em ser gentil.
No trabalho, a gentileza esta cada vez mais ficando no passado. O mais incrível é que toda a literatura mostra que trabalho individual está cada vez mais perdendo importância, e isso faz todo o sentido. Você sabia que os 10 empregos que mais oferecerão vagas em 2010 não existiam em 2004? Que vivemos em um mundo de crescimento exponencial com, por exemplo, 31 bilhões de buscas no google por mês, sendo que em 2006 o número era de 2,6 bilhões? Imagine, há 10 anos atrás, quem respondia a essas perguntas? Que hoje existem 5X mais palavras em inglês em relação ao tempo de Shakespeare? Bem, acho que são evidências que o conhecimento não é mais para um e sim para um grupo de pessoas. E a gentileza? Fator primordial para o relacionamento, para aproximar as pessoas. Deveria ser a ferramenta número 1 de todos os profissionais, mas não é o que está acontecendo. De forma lenta e gradativa, vemos a gentileza escoar pelos dedos, formando um ambiente hostil, onde as vaidades estão a flor da pele, o medo de perder o poder, ter o ego destruído faz com que as pessoas não se ajudem o quanto é preciso. Se é melhor ou pior que no passado, isso não importa, porque o passado, no ritmo acelerado do mundo, é ontem, é uma hora atrás, não século passado.
Quem não teve um péssimo atendimento nessa semana em uma loja ou bar? Quem não ficou chateado por ações ilógicas de motoristas de trânsito? Quem não viu um motorista parar 30 metros do sinal para ficar na sombra sem se preocupar com a situação do trânsito atrás?
Reflita o quanto vocês estão sendo gentis, o quanto vocês estão se preparando para o futuro que é no amanhã. Reflitam sobre o quanto vocês podem melhorar a vida de vocês e do próximo por ser um pouco mais gentil. Reflitam sobre como será mais produtivo o ambiente de trabalho se vocês forem um pouco mais gentis.

sábado, 4 de setembro de 2010

Você Sonha? Laryssa Miranda

Sonhar por sonhar pode não fazer diferença sem atitude, mas o ato de sonhar permite alavancar a vida, seja no lado pessoal, seja no lado profissional.
O sonho dá energia, traz esperança, traz planejamento, traz tudo que você desejar, traz se você for atrás dele ou em busca dele.
Como trilhar o caminho do seu sonho? O mais difícil é saber onde quer chegar e ter certeza que esse realmente é o sonho perfeito. Tendo isso em mãos, ou melhor, em mente, agora é só traçar o seu caminho.
Pegue um papel e coloque no topo da folha o seu objetivo. Crie agora, no mínimo, três linhas de tempo chegando nele, a primeira representando o seu desenvolvimento técnico, o segundo o estratégico e, por fim, o terceiro com o seu desenvolvimento pessoal. Na base do papel comece com os primeiros aprendizados, ações ou treinamentos. Passe uma linha tracejada que represente o hoje. Veja a experiência adquirida antes dessa linha e construa, para o futuro, o caminho nas três trilhas sobre o que é preciso realizar para atingir o seu sonho/meta que está no topo (figura).


O mais importante é ser realista em relação aos próximos passos. Não adianta colocar um MBA em negócios na Imperial College London no próximo ano se você tem o básico em inglês. Nesse caso é necessário colocar um período longo, de no mínimo dois anos, para conseguir ter maior habilidade com o idioma e, após isso, o MBA.
Essas trilhas não precisam ser fixas para o futuro, muito menos o sonho. O aprendizado, o conhecimento adquirido, a vivência e a prática podem modificar o direcionamento da vida idealizado em outro momento. O aprendizado faz a gente mudar a percepção que temos da vida e faz gerar outros sonhos e para cada sonho você pode trilhar os caminhos para chegar a ele.
Sonhar em ganhar a loteria acumulada sem jogar não irá ganhar. Não faça isso com os seus sonhos. Construa a sua vida para atingir. Tudo é possível. Já ouviu falar do Office-boy que virou presidente? Não é preciso dizer mais nada, correto?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Livre para Decidir

Todo individuo é livre para decidir o caminho que quer trilhar na vida profissional. Tudo é uma questão de escolha, de definir os trade-off que a vida apresenta ou que corrermos atrás, é o quanto o individuo tem atitude para mudar, para arriscar e para aceitar.

É livre para ficar como 10 anos como Junior na empresa, é livre para decidir em ficar em um emprego que não respeite ou valorize o seu trabalho, é livre para reclamar, é livre para sorrir, livre para fazer o que quiser fazer.
Ficar parado na vida profissional não é um problema, é um risco se mal posicionado. É uma via de escolha. Pedir demissão de uma empresa que permite estabilidade para entrar em outra com uma única certeza, o nome dela, é uma opção também.
Hoje existe uma cobrança que o profissional tem que ser isso ou aquilo, mas tem espaço para todos. O único problema é a escolha de ser um tipo de profissional e a atitude ser outra, é como se estivesse no lugar errado na hora errada. Ambição sem paixão destrói carreiras, a sua e das pessoas que estão próximas a você. Para definir metas pessoais e criar desejos nós temos que nos preparar e, principalmente, nos conhecer. Desejar ser o presidente mas tem preguiça de gente não lhe trará felicidade e resultará perdas para a empresa. Chegar, chega, mas não se mantêm, não na sociedade de hoje.
Sonhe, mas sonhe todos os dias. Siga a sua intuição ou aprenda a segui-la. Conheça os seus limites e trabalhe para quebrar as barreiras, caso seja um impeditivo para atingir seus objetivos.
Sonhe com o coração, sonhe em conjunto, sonhe em separado. Ninguém cresce hoje sozinho. A velocidade que está crescendo a informação e o conhecimento disponível é tão grande que ter acesso ao conhecimento necessário para a execução das tarefas é impossível, é preciso identificar parceiros. Não é ter conhecimento somente, é saber usar o conhecimento, seja seu, seja a dos seus parceiros.
A velocidade é tal que mal nasceu a geração Y e já tem a geração Z. A geração X sobreviveu mais de uma década, a dos baby boomers mais ainda.
Se você decidiu ficar em uma posição mais tranqüila, isso não te denigre e nem deveria, mas apenas reconheça que essa foi a sua escolha. Caso tenha decidido crescer, se transformar em um ser mutante, que se transforma a cada momento devido as mudanças e geração de conhecimento, lembre-se, não é um caminho fácil. No mundo de hoje, vemos a todo o momento que a vida é um ciclo que as empresas e as pessoas entram e saem das nossas vidas a todo o momento. Trabalhe em equipe, esse será o caminho mais saudável e com maior garantia de sucesso.
Não siga um modelo por modismo, nem fique desesperado se você não faz parte da geração A, B ou C. O mais importante é saber o que é realmente bom para você mesmo e trilhar sua vida nessa direção.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Será que faltam líderes?

Vários textos têm comentado sobre a falta de líderes, sobre como identificar e qual o perfil do líder para a geração Y e outros.

Será que faltam lideres no mercado? Ou será que nós não oS identificamos?
Muitos gestores ainda são definidos baseados na confiança técnica, mas um bom técnico não necessariamente é um líder. Nesses casos, a empresa acaba perdendo um ótimo técnico.
O líder é a pessoa que consegue tirar o melhor da equipe, este não necessariamente será um destaque técnico, mas conseguirá agregar valor devido a comunicação, a capacidade de interagir e compartilhar conhecimento. Muitas vezes funciona como um elo na equipe.
Para esses lideres se destacarem e para se tornar possível a sua identificação, as empresas precisam investir realmente na carreira Y. É preciso também quebrar o modelo mental dos profissionais que acreditam ainda que para se sentirem reconhecidos precisam virar gestores. O mais interessante é que a geração Y, conforme descrito por vários autores, são pessoas que querem ser ouvidas, querem oportunidade, qualidade de vida e outros, mas quando entram na empresa, desejam se tornar gestores, como ser gestor fosse sinal de liberdade e tranqüilidade. Essa nova geração vem com o mesmo modelo das outras gerações.
Existe apenas uma área que pode mudar essa cultura, a área de recursos humanos (RH). O RH precisa criar programas para orientar e educar os profissionais, criar planos de carreira bem estruturados, com vantagens similares ao que optarem seguir a trilha técnica.
Para mostrar o descompasso, os gerentes possuem benefícios diferenciados, mas os que seguem o outro braço do Y não o possuem. Outro ponto é que o paralelismo da carreira em Y morre até o primeiro nível gerencial. Existem exceções, mas as exceções deveriam ser ao contrário. Como realmente estimular esse profissional técnico?
Não adianta se preocupar, é preciso apenas ter atitude. Errar é humano, batido ou não, é a pura verdade. É preciso arriscar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que é Segurança da Informação? por Laryssa Miranda e Henrique Haas

Estudos estatísticos mostram que a perda de informação por invasão de hacker, cópias indevidas de material da empresa e espionagem não são as principais causas da vazamento de conhecimento. O principal disseminador dos dados e informações para o público externo é o próprio funcionário em conversas formais e informais. O usuário é o elo mais fraco quando se trata de segurança da informação e quando não orientado pode disseminar informações sem conhecer ou entender o impacto na competitividade do negócio.
Não adianta investir esforços somente em proteção de TI. Para variar, é preciso criar cultura sobre o assunto e a única forma de realizar isso é difundir os conceitos, o valor de cada informação e criar uma política clara com deveres e direitos de cada colaborador. Criar regras e procedimentos para o uso das ferramentas tecnológicas disponibilizadas pela empresa também ajuda a conscientizar o funcionário e a minimizar perdas por acesso indevido, principalmente quando existem implantados sistemas seguros, que garantem a integridade dos dados e informações alem de permitir diferentes perfis de acesso.
A política tem que estar alinhada com o negócio da empresa, caso contrário, se torna um entrave para o seu próprio desenvolvimento e de seus funcionários, além de gerar uma falsa sensação de segurança. O ponto de equilíbrio para a sua empresa sobre o quanto deve controlar e quanto deve abrir as informações depende do negócio e da indústria onde está inserida. Não existe um padrão, uma receita de bolo onde todos podem seguir. A empresa que copia modelos corre o risco imenso de perder competitividade por disseminação da informação confidencial.
É preciso prestar atenção na forma de elaborar e introduzir a política de segurança da informação e das normas nela inseridas afim de não gerar certa alienação nos colaboradores, criando insegurança e medo. Esta política pode barrar não só o que é indevido, mas também a informação que poderia ser útil a própria organização. Em parte, abrir a empresa em certos momentos é importante para captar informações externas. Encontrar o ponto saudável é essencial e para isso é preciso conhecer bem a cultura onde está inserida a empresa, entender seus stakeholders. Não se deve criar procedimentos sem respeitar e conhecer as crenças e hábitos locais. Quando se conhece o ambiente fica possível identificar a melhor forma de fazer os empregados absorverem os conceitos e entenderem o cenário.
Apesar das empresas saberem disso, ainda não existe um trabalho sistemático sobre o assunto. Caso você tenha um filho, é melhor colocar a cerca para ele não ir para próximo a piscina ou ensiná-lo a nadar para sobreviver em qualquer piscina? Esse é o papel da política clara e objetiva, ensinar a todos sobre como proceder nas “n” situações em que poderá vivenciar, para no mínimo quando tiver uma dúvida, saber a quem procurar.
Todo empregado precisa também se interessar pelo assunto e não ficar limitado somente a política. Ele precisa saber as conseqüências do mau uso dos dados, informações, conhecimentos e ferramentas que a empresa disponibiliza. Um e-mail cedido pela empresa é de responsabilidade da mesma. O envio de mensagens não alinhadas às políticas legais, éticas e morais ou o uso de software não regularizado expõem a empresa que irá se tornar responsável pelos danos causados, e a mesma poderá processar o empregado por tais danos. O contrário também é verdadeiro.
É correto o uso de ferramentas que possibilitem a empresa rastrear 100% das atividades do empregado a partir de sua infra estrutura, como o controle e monitoramento da rede, que gera relatórios completos do perfil de acesso a internet, conversas através de comunicadores internos e externos, correio eletrônico e inclusive os circuitos internos de TV as vezes dispostos até em banheiros? As empresas que utilizam dessas ferramentas tem todos os dados e informações registrados ao longo da vida do funcionário na empresa. Será que as pessoas que acessam a essas informações são pessoas bem instruídas para analisá-las? A imagem e a reputação de uma pessoa pode ser devassada quando em mãos incorretas.
Por outro lado, é impossível travar o conhecimento adquirido pelo funcionário durante seu período na empresa, colocar um cadeado para que não saia da cabeça dele (figura). Certos conhecimentos não podem ser disponibilizados principalmente quando o empregado se desliga da empresa. Isso é questão de ética. Muitos ainda confundem informação e ou aprendizado com conhecimento. A falta de uma política clara de segurança da informação na empresa, permitem perdas nesse sentido. O contrato de trabalho deveria prever uma cláusula para o caso de desligamento, mencionando um período após a saída onde o empregado não poderá divulgar qualquer informação da empresa. Existem casos de funcionários que se desligaram de uma empresa e levaram idéias e projetos inteiros para a outra afetando competitividade da anterior.


O limite das ações não é claro. É preciso dar início a um processo, criar a primeira política e adequá-la sempre que necessário, com revisão no mínimo anual. Monitorar ações no dia a dia do colaborador para identificar a eficiência e as falhas existentes. Todos nós somos responsáveis, a empresa e todos os colaboradores nela inseridos. O pior discurso é o “eu não sabia”. Mude de atitude!

domingo, 8 de agosto de 2010

Gestão da Inovação, do Conhecimento e Informação

Ainda existem muitas dúvidas sobre a área de atuação das Gestões de Inovação, Conhecimento e Informação. É importante que todos os profissionais conheçam e utilizem os conceitos de forma correta para não permitir perdas ou aumento da carga de trabalho da equipe envolvida devido a não compreensão sobre o tema de trabalho.
É possível fazer Gestão da Inovação sem Gestão do Conhecimento, mas se quisermos alavancar os processos, otimizar os recursos e maximizar os resultados, é importante implantar a Gestão do Conhecimento. O mesmo se aplica em relação à Gestão da Informação, pois, sem ela, a Gestão do Conhecimento fica limitada/restrita (figura).

Antes de entrar no assunto, é importante ficar claro que dados organizados geram informação e a análise da informação gera conhecimento (figura).

A comunicação, juntamente com a tecnologia da informação, permite acelerar o desenvolvimento de novas formas de geração, tratamento e distribuição dos dados e informações. Os dados, a informação, a inovação e a implementação de uma nova cultura traz vantagens competitivas sustentáveis nos tempos atuais.

A Gestão da Informação (GI) e sua inserção na estratégia da empresa é um fator chave na criação de valor e competitividade para a mesma. Cautela e Polioni (1982): "A informação é considerada como o ingrediente básico do qual dependem os processos de decisão".
Segundo Wilson (1989), a gestão da informação é entendida como a gestão eficaz de todos os recursos de informação relevantes para a organização, tanto de recursos gerados internamente como os produzidos externamente e utilizando, sempre que necessário, à tecnologia de informação.
A GI está relacionada diretamente com a área da Tecnologia da Informação (TI), mas sem uma padronização das atividades, processos e criação de normativos para os dados estruturados ou não, fica difícil ter uma gestão eficiente e qualquer ferramenta implantada pode não ser utilizada pela equipe. É preciso criar procedimentos claros para definir responsabilidades e os modelos de documentos. Dados são ativos das empresas e como tal devem ser tratados. A GI difere da TI porque conhece bem a área de negócios permitindo o uso eficiente dos recursos tecnológicos, faz prospecção/monitoramento, filtragem e obtenção de dados e informações, dissemina a informação ao público interessado e elabora produtos e serviços informacionais diversificados.
A Gestão do Conhecimento (GC) é uma linha desenvolvida no início da década de oitenta e, apesar disso, ainda não está presente em todas as empresas. Segundo Tom Davenport: “Coleção de processos que governa a criação, disseminação e utilização do conhecimento para atingir plenamente os objetivos da organização."
Ela é a união da GI, com o conhecimento explicito, e o conhecimento tácito existente na empresa, parceiros e mercado. Trabalha essencialmente com os fluxos informais e visa desenvolver nas pessoas um comportamento voltado ao compartilhamento e socialização do conhecimento para a construção de novos conhecimentos no ambiente organizacional. Ferramentas como redes sociais internas agregam no uso do conhecimento existente na empresa, como também o processo de transferência de conhecimento de empregados chaves na estrutura, principalmente os que irão se aposentar, entre outros. Segundo Capra “O poder da rede advém da sua propriedade de multiplicação inerente ao processo de fazer conexões. Quanto mais conexões existir na rede, mais densa ela será”. O desenvolvimento de uma rede favorece o intercâmbio de informação e conhecimento, alavancando os ganhos para a empresa, criando processos e métodos que transformam o conhecimento tácito em conhecimento explícito.
Antes da decisão dos métodos que serão utilizados, é necessário realizar um mapeamento das competências chaves aplicadas ao negócio e os processos inerentes a organização.
A inteligência competitiva, ferramenta importante para a competitividade da empresa, é dependente da GC. Não adianta olhar para fora se não conseguimos ver por dentro da instituição que trabalhamos. O retorno de um projeto e programa de GC bem desenvolvido e apoiado dentro da empresa traz vantagens competitivas e decisões mais precisas e rápidas, reduzindo os riscos de uma decisão errada ou incoerente. Segundo Stephen Storm “90% de tudo que nós precisamos saber é provável que alguém já saiba na companhia” e isso somente é possível através da GE.
Vale ressaltar que independente da área responsável, as áreas de TI e de Recursos Humanos precisam ser envolvidos.
O decreto 5.796/06 da lei federal 11.124/05 define a inovação como a “Concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado.”
A Gestão da Inovação engloba a GE e a GI, dessa forma, ela pode ser caracterizada como a economia baseada no conhecimento. É também responsável pelo monitoramento de tecnologias, desenvolvimento de projetos que trarão melhorias ao processo existente ou de novos processos e a gestão dos mesmos, gestão de patentes, busca de parceria entre outros. Apesar de ser possível realizar inovação sem GE, ela é totalmente dependente do conhecimento e da informação prontamente disponível. Os riscos de não-sucesso envolvidos nos processos e projetos de inovação são altos e quanto mais conhecimento for utilizado será possível definir e priorizar atividades presentes no portfólio de forma a reduzir eventual perda por uso de recursos de forma indevida e planejamento estratégico não alinhado com as tendências de mercado. A Gestão da Inovação deve incluir a Propriedade Intelectual (PI), muitas vezes esquecida pelas empresas. A PI não é a única via de uma invenção, mas, independente, a falta de conhecimento gera perdas, como o arquivamento de patentes* ou divulgação externa de conhecimento estratégico (ex.: Segredo Industrial). É preciso um trabalho forte de divulgação e conscientização dos empregados ao tema, além de uma gestão centralizada. Os dados do INPI mostram que o número de patentes arquivadas vem crescendo (figura). Isso traz perdas não somente para as empresas, mas também para o país, implicando em perda de competitividade e desestímulo das empresas que investiram em inovação e não podem mais gerar receitas com a invenção, resultado direto da falta de uma gestão clara nas empresas e universidades. Esse gráfico representa a perda do conhecimento por falta de gestão.

O mais importante é que esses três temas não devem ser encarados como um simples modismo. Todas as empresas que desejam sobreviver ao mercado, mantendo competitividade, precisam registrar o que é gerado de dado e informação e permitindo um ambiente de troca de conhecimento onde os empregados terão oportunidade de pensar “Sem a Caixa”, podendo inovar e alavancar os ganhos.

*Uma patente é um direito de propriedade sobre uma invenção, concedido por departamentos nacionais de patentes. Uma patente dá a seu detentor um monopólio (de duração limitada) sobre a exploração da invenção patenteada como contrapartida da divulgação (com o que se pretende permitir uma utilização social mais ampla da descoberta).

O Valor do Saber Aprender

Qual é o valor do aprendizado? O valor existe para quem consegue identificar o aprendizado em tudo que é realizado e executado. O valor existe para quem consegue captar e reproduzir o aprendizado. Os profissionais precisam aprender a aprender.

Tudo que é realizado gera aprendizado, menos ou mais, não importa, o ponto está em como perceber e agregar valor a esse processo.
O que limita o aprendizado é a discriminação que o profissional tem em relação às atividades, hierarquizando o trabalho.
O melhor analista é aquele que aprendeu a levantar dados, o melhor pesquisador é aquele que trabalhou no campo, no “chão de fábrica”, e o melhor profissional é aquele que coloca a “mão na massa”. Quem pula etapas de aprendizagem irá sentir impactos em toda a carreira.
Realizado com respeito e ética, onde a dedicação está sempre presente, com busca de parceiros e bom relacionamento, não existe trabalho que denigre o profissional. Muitas vezes são modelos mentais criados pelo próprio profissional.
Quando uma carreira é iniciada, o choque é grande, principalmente quando existem profissionais seniores presentes no ambiente. Se o jovem profissional se baseia nos seniores, pode ocorrer frustração, porque o mais importante é esquecido, esses profissionais estão hoje onde estão porque no passado construíram uma base sólida executando todas as atividades sem priorizar ou hierarquizar. Não existe quem está por baixo e quem está por cima, essa referência é criada por nós mesmos.
O bom profissional é aquele que vê oportunidade de aprendizado em tudo que ele executa, é aquele que se doa, é aquele que se coloca disponível, pois, dessa forma, ele estará sempre em meio aos mais experientes, gerando mais aprendizado. Esse ponto é importante, muitos dizem que o aprendizado vem com a experiência própria. Essa afirmação é outro modelo viciado disseminado de forma indiscriminada. É possível sim aprender por observação, incluindo a geração de conhecimento comportamental.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Qual é o limite da Inovação?

Qual é o limite da inovação? Existem indústrias que estão praticamente estagnadas e outras que geram centenas de inovações por ano. Quem está certo? Não existe certo ou errado. Cada indústria, cada segmento tem uma necessidade de inovar.
Podemos ter duas certezas, a empresa que tem zero de inovação está fadada a morrer e, no extremo oposto, empresas que inovam além do necessário, estão desperdiçando dinheiro ou mesmo interferindo na sustentabilidade da humanidade, induzindo ao consumo desnecessário. Como cidadãos nós temos que nos conscientizar na questão do consumo, mas isso não deve inocentar as empresas. Essa inovação abusiva está presente no nosso dia a dia. Vemos várias propagandas sobre novos modelos de escova de dente, mas quantos realmente esses novos modelos são melhores do que os outros desenvolvidos anteriormente? Não é claro para nós a eficiência de cada produto e podemos estar consumindo uma falsa inovação, de forma similar das empresas que fazem falsa propaganda para se mostrar sustentáveis. Um bom exemplo é a empresa que coloca no seu rótulo que o produto não contém CFC. O CFC é proibido no país, então todos os produtos não podem conter essa substância. É necessário sermos mais eficientes nas normas, legislações e fiscalizações, é necessário também que a população se conscientize cada vez mais sobre as suas ações e os impactos que são gerados.
A competitividade é saudável, o consumo também, mas se exagerarmos hoje, no amanhã talvez não tenhamos diversidade nas prateleiras, não teremos muitas opções de escolha. Apoio a inovação que permite a sustentabilidade e a perpetuidade da vida com qualidade.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O texto abaixo "Competir? Até Quanto?" representa o primeiro texto que escrevo em parceria. Nilce Alves é uma parceira minha de trabalho de anos e nada melhor que começar a escrever em conjunto falando sobre competição e trabalho em equipe. Espero que gostem. Nilce, obrigada pela parceria!

Competir? Até Quanto? por Laryssa Miranda e Nilce Alves

Sabemos que o número de vagas disponíveis na cidade de São Paulo é semelhante ao número de desempregados. O que falta é pessoas preparadas para assumir essas posições. 
Porque existe então competição? Porque limitamos o nosso mundo ao meio que estamos inseridos, a gerência que fazemos parte, com isso, ficamos cegos e achamos que a nossa posição está sempre em risco. Nem sempre somos o que realmente parece quando estamos no nosso ambiente de trabalho, porque as pessoas irão dar o melhor de si apenas se o ambiente permitir. Se não enquadramos na cultura desse ambiente não iremos usar o nosso real potencial.
 
Outro ponto, já mencionado em outros textos, é que quando não nos informamos, estudamos e tentamos entender de forma sistêmica as nossas atividades, estamos perdendo espaço para o outro.
 
Independente disso, ninguém é sozinho, ninguém cresce sozinho. Todos nós precisamos uns dos outros. Trabalho em equipe não é uma demanda, não é moda, é um fato, não tem mais como desenvolver em um meio profissional se você tem problemas em relacionar com o próximo. A demanda é cada vez maior, e o tempo para dedicarmos ao conhecimento adicional é cada vez menor. Hoje, aprender em meio a equipe está se tornando um dos meios mais rápidos e ricos para o aprendizado. Se é assim, porque não fazer do melhor modo possível?
 
Pode parecer batido, mas duas pessoas pensando juntas multiplica-se o conhecimento, não é uma simples adição. Isso é perceptível em todas as conversas e discussões. Cada um tem uma história e, em vez de duas histórias, criamos uma terceira história juntos, mais ricas e mais sólidas
 
Colaborar sem invadir, participar sem intrometer, sugerir sem menosprezar, criticar sem ofender,  elogiar sempre com sinceridade, celebrar os sucessos e superar os fracassos, ir em frente,  sabendo que cada um tem seu papel e que ninguém é perfeito. Isso é um desafio que todos nós temos que enfrentar para tornar o seu meio mais fluido e rico permitindo um ambiente mais agradável para você e seus pares.
 
Você precisa aprender a se ver na íntegra e aprender a ouvir para conhecer aquilo que você não enxerga em si mesmo, assim você poderá valorizar os seus pontos fortes e agregar valor a si mesmo.
 
Quem está ciente de seu valor não teme elogiar um colega diante de seu chefe, muito menos realizar críticas construtivas aos parceiros. Quem está ciente de seu valor sabe jogar, ganhar e perder e voltar ao jogo e se tornar melhor. Haverá sempre alguém melhor com quem se possa aprender e alguém atrás a ser incentivado.
 
O difícil é ter esta ciência, no meio de tantas vivências e aprendizados, sobre a aplicação desses pontos de mente aberta, sem o emocional interferindo. As emoções, preconceitos, desejos, medos, sejam eles reais ou imaginários, construtivos ou destrutivos, corroborados ou não por aqueles que nos cercam. Necessitamos de aprovação e de reconhecimento. Cada um por sua qualidade, na justa medida. E claro, é também preciso dar este reconhecimento aos outros também, onde muitas vezes falhamos. Então, porque competir desenfreadamente? Competir é saudável, mas até quanto você deve fazê-lo?
 

terça-feira, 27 de julho de 2010

Medo de Tecnologia?

Geração baby boomers, X, Y... não importa em qual geração você se enquadra, o que importa é o quanto você está antenado com o mundo. É incrível encontrar profissionais por volta de trinta anos, com curso de nível superior, que se dá o luxo de ter aversão a tecnologia.

Tecnologia básica, não tecnologia avançada. Pessoas que se gabam por não saber trabalhar com os softwares básicos como os de edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentações e que não sabem utilizar ferramentas como o Google em pesquisas na internet. O Twitter, se bem administrado, gera informações dinâmicas a todo o momento sobre qualquer assunto.
A televisão, o rádio e a mídia impressa ainda são ótimas fontes de informação, mas é a informação que chega até você e não a que você vai atrás. A grande diferença que o desejo por conhecimento específico não estará disponível de forma imediata nessas fontes, mesmo que esteja, é a informação que chega ao mesmo tempo a grande massa e, muitas vezes, com o ponto de vista de um autor.
Como abrir cabeça para um assunto lendo uma ou duas opiniões? Como gerar conhecimento “ímpar” para criar uma carreira própria e de destaque?
Pense, o que é sucesso para você? Independente da resposta, para atingir é preciso de dedicação, estudo, saber ouvir, saber falar, saber interpretar, analisar, questionar, criar cenários e outros. Criar cenários... Como criar cenários se o seu conhecimento é uma linha reta, sem curvas e bifurcações? A vivência prática das coisas ensina tudo isso? Em parte sim, em parte não. A prática é uma das formas mais impressionantes de aprendizado, mas sem uma bagagem mínima teórica sobre as coisas, não permite alavancar o máximo o conhecimento e visão do profissional. Fazendo um paralelo, é o profissional que faz uma viagem pela empresa e esquece de pegar uma nota fiscal de um almoço. Ao chegar na empresa e realizar a prestação de contas, descobre que não será ressarcido pelo custo do almoço. Gera revolta e insatisfação. Toda empresa tem, ou deveria ter, que fazer a contabilidade do negócio. Para as empresas de capital aberto é uma obrigação e precisa, ainda, disponibilizar para o público em geral as contas. A simples nota do almoço entra como despesa no fluxo de caixa, como despesa, ela reduz o lucro bruto, reduzindo o lucro bruto, reduz o pagamento de impostos. Os órgãos competentes do governo fazem auditoria nas empresas para identificar possíveis fraudes ao governo. Sem a nota do almoço, como a empresa prova que ocorreu o gasto que reduziu o lucro bruto e que diminuiu o pagamento dos impostos? O conhecimento prático somente ensina que é preciso pedir a nota fiscal para ser ressarcido das despesas...
As informações descritas acima nem sempre estão disponíveis dentro da empresa de forma fácil e, na literatura, ocorre com uma linguagem complexa de difícil compreensão para um leigo. Na internet é possível identificar redes sociais onde ocorrem discussões sobre qualquer assunto, permitindo identificar contatos de pessoas que poderiam te alimentar com qualquer informação e conhecimento. Apenas é necessário analisar bem os sites e o conteúdo das informações, porque da mesma forma que a internet permite acesso a informações maravilhosas, existe muita informação falsa.
Em relação as ferramentas que permitem editar textos e tratar dados, o profissional que não trabalha com estas mostra que tudo que ele transmite é através da própria explanação ou cópia de material de terceiros. Voltando, ambas as formas são perfeitas para disseminação de informação e conhecimento, mas, em uma reunião com diversos números e informações, como se administra o tempo e a condução da mesma? Em vez de uma hora serão horas de reunião. Tempo perdido e queda da qualidade da decisão. Como o profissional irá perpetuar o conhecimento prático e teórico adquirido? Cada um tem uma trajetória de vida, cada um tem uma ação na empresa, conhecimento impar. Não considerando ainda que todo profissional tem a OBRIGAÇÃO de registrar as suas tarefas e conhecimento. Uma empresa é sustentável, hoje em dia, pelos seus bancos de dados históricos e todo registro de informação e conhecimento adquirido em toda a sua história. Quando um profissional registra o seu conhecimento em documentos ele está consolidando na sua mente, de forma mais clara e organizada, pois antes desse registro, o conhecimento fica espalhado sem conexão. É novo conhecimento sendo gerado para todos, inclusive para você mesmo.
Tudo que é novo assusta, assusta porque não sabemos o que iremos enfrentar, não enxergamos o cenário no próximo passo. Dê o primeiro passo, o medo sumirá, pois você permitirá que materialize o que hoje você não consegue visualizar.
Dedique parte do seu tempo para as novas tecnologias, exercite, no futuro, você não irá entender o como você conseguia viver sem elas.

sábado, 24 de julho de 2010

A Matéria e a Inovação

A cada milésimo de segundo bilhões de partículas de matéria estão se transformando. Mudando a sua função, o passado ficou no passado e o futuro? Praticamente o presente. Essa é a dinâmica da física e da química, transformações e transformações, nada mais.
Essa transformação ocorre em todos os estados físicos, a todo tempo e em todo lugar.
Essa é a evolução da nossa terra, onde fazemos parte. Somos o que somos devido a inúmeras e inimagináveis transformações ocorridas.
Hoje, uma criança não consegue visualizar um mundo sem a internet. No passado, achávamos as pessoas nos telefones fixos, hoje, nem por celular. O movimento é outro, a velocidade da vida é outra.
Sabendo de tudo isso, continuamos avessos a mudanças, ou melhor, a inovação, termo mais moderno para mudanças.
A vida passa e continuamos os mesmos? Faz sentido? Manter a estratégia dos séculos passados é ainda se manter competitivo no mercado de trabalho atual?
A crise mundial de 1929 impactou os mercados até 1933. A crise de 2008 não durou tanto tempo e, em 2010, o mercado já mostra os sinais positivos.
A globalização faz os impactos ocorrerem de forma mais rápida e disseminada, mas também permite a saída da fase tão rápida quanto.
Com as partículas do universo se confrontando a todo o momento, se transformando, você ainda ficará parado? Reagindo contra todas as atividades novas que aparecem para serem executadas? Reagindo contra toda vez que ocorre mudança de equipe ou gestor? Aposentar após 30 anos de trabalho na mesma empresa e função é ainda o seu sonho?
Se você se enquadra nos itens acima, estamos em mundos diferentes.
Mudança é sinônimo de oportunidade e crescimento, é inovar. A cobrança das empresas aumenta a cada dia e faz sentido, não podemos achar que é algo destrutivo, tirar mais por menos.
Em 2002, havia geólogos recém formados ganhando R$800,00, hoje, é muito difícil encontrar um ganhando menos de R$4.000,00. Isso representa 400% de diferença em 8 anos. Os profissionais estão ganhando mais e com mais acesso a tecnologias e ao conhecimento. Estamos fazendo o nosso papel básico dentro das empresas. Engano é comparar com o profissional de 2002. O mundo é outro, a matéria é outra.
Inove seus modelos mentais, quebre seus paradigmas, abra a cabeça para se permitir conhecer esse mundo em constante mudança e movimento. Não se permita ser mais um nesse oceano de gente. Lembre-se sempre, leia muito, muitas vezes a inteligência é confundia com o conhecimento que a pessoa carrega. Não se sinta inferior, apenas se alimente de informações, fique ligado no mundo, você terá outra visão ou proposta para si mesmo. Inove, sempre.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Você é sustentável com você mesmo?

Muito se tem falado em sustentabilidade, mas e a sustentabilidade de cada um como ser - humano?

A sustentabilidade poderia ser substituída pela palavra continuidade, no sentido de preservação e crescimento. E você? O quanto está investindo na “continuidade” das suas relações? Convivemos com os familiares, amigos de infância, da academia, do comércio, profissionais do trabalho... como realmente você está tratando esses parceiros da vida? Você é daqueles que somente faz se fizerem por você? Ou você é daqueles que faz e depois chama o outro de ingrato por não ter correspondido? Se você se enquadra em um desses dois tipos, você corre riscos de perder a continuidade das suas relações.
O quanto é importante cada pessoa na sua vida? Sinceramente? Nunca saberemos.
Já vi Office boy se tornar presidente de uma empresa... será que todos ao seu lado acreditaram e valorizaram essa pessoa no início da carreira dela?
Não é tratar com interesses futuros, é permitir que cada um faça a sua história e, com isso, fazer a sua própria história.
Você consegue dizer o quanto você contribuiu essa semana para o crescimento dos pares? O quanto você se libertou do mundo fechado que acreditamos ser estratégia do conhecimento guardado e escondido? O conhecimento guardado não é conhecimento! Frase batida, mas verdadeira.
Pessoas que guardam uma informação para colocar na mesa com a presença dos gestores estão travando o progresso da vida, das pessoas, da sustentabilidade. Pense, um projeto que começa em janeiro com fim em dezembro. Na reunião do mês de julho de acompanhamento uma peça da reunião salta uma informação que faz o projeto mudar de rumo. Essa informação já existia, mas a pessoa espera a hora certa para se destacar. Perde-se prazo, aumentam os recursos financeiros e humanos, todos estão estressados e um trabalho que poderia ser sucesso, se transforma em algo “aceitável”. Imagine isso acontecendo em vários lugares no mundo ao mesmo tempo. Isso não é um freio a humanidade? Sim, é intangível, mas qual é o nosso papel nesse mundo? Olhar para o umbigo, focar apenas no crescimento próprio? Que apenas as suas idéias fazem sentido? Que estamos rodeados por um mundo de ignorantes? Se você pensa isso você está preso ao século passado.
Hoje, as crianças e adolescentes estão totalmente sintonizados nas redes sociais. Quem acessa o Facebook ou Orkut tem acesso a ferramentas que permitem o relacionamento entre as pessoas e executar ações que irão contribuir para o outro, onde se torna claro quando acessamos aos jogos disponíveis. Para mudar de fase e progredir nas etapas, você precisa executar ações que irão beneficiar o outro e vice-versa. São jogos de compartilhamento e crescimento mútuo. Para vencer precisa-se compartilhar e enxergar as necessidades do outro. O modelo mental dessa juventude está mudando e poderemos estar desenvolvendo uma sociedade mais justa uns com os outros. Onde você está nesse cenário? Na pessoa que tem uma sala sozinha, com o acesso ao HD do computador protegido com senha?
Preservar o mundo destruindo as pessoas? Pense, é raro sermos felizes sozinhos. É raro sermos felizes após de colocar uma pedra no caminho de alguém. É raro sermos felizes sem fazer o bem. Devemos mudar nossos hábitos para termos um planeta para se viver amanhã, mas quando não nos sentimos bem, não nos dedicamos na sua totalidade para a construção desse mundo melhor. Faça aos outros no mínimo o que gostaria que fizessem com você. Pode parecer pouco, mas trará grandes resultados para você e a sociedade. Não compita de forma destrutiva, construa as relações para que você possa ensinar e aprender com elas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Simples Arte de Inovar

O que é inovação? Milhares de conceitos e opiniões estão disponíveis na internet e em livros. A inovação muitas vezes é interpretada como invenções que são patenteáveis.

No entanto a inovação deve ser encarada como qualquer ato que fazemos de novo nas nossas vidas, tanto na vida pessoal quanto na profissional.
O que seria inovar então? Inovar é fazer qualquer coisa diferente na sua vida que você não tenha feito ainda.
Como profissionais, temos que inovar a todo o momento para aprendermos a aceitar mudanças, ou melhor, gerar as próprias mudanças, para enxergar sem a caixa, quebrar modelos mentais e paradigmas.
Como podemos inovar? Muito é dito sobre a importância, mas nem sempre fica claro como fazê-lo.
O ato de mudar a decoração da mesa de trabalho, mesmo se for a mudança da posição de um objeto. Caso você chegue ao trabalho e vá direto tomar um café, abra o e-mail e vá ao café depois. Provavelmente você encontrará um público diferente e poderá discutir assuntos diferentes ou mesmo visões diferentes de um mesmo assunto.
Leitura! Muita leitura. É incrível o custo de um livro hoje em relação ao conhecimento que podemos adquirir. Apesar de estar mais acessível, o brasileiro não tem aumentando tanto o volume de livros lidos ao longo de um período. Quem já escreveu um livro sabe o quanto teve que viver, ler, estudar e discutir para escrever uma página. Muitas vezes são décadas de aprendizado disponibilizado em um só livro. O importante é ler sobre diversas formas de pensamento, como um estudante de direito estudando a filosofia de diversos pensadores da história. Isso permite utilizar lógicas e formas diversas na estruturação da defesa e até mesmo na compreensão da linha de pensamento da outra parte.
Mude de posição e setor de trabalho. O job rotation é uma das formas mais importantes de sair da “caixa” onde está inserido. Veja os modelos mentais de uma pessoa inserida na operação e de outra na manutenção. A pessoa da operação provavelmente irá achar que a manutenção solicita muitas paradas para fazer as preventivas, mesmo sabendo que uma preventiva poderá minimizar uma perda maior no futuro caso o equipamento quebre. Já o ponto de vista da pessoa da manutenção será, na maioria dos casos, que o operador não cuida bem dos equipamentos, que ele não se importa da preservação do mesmo. Quem já viveu a oportunidade de ter ambos na mesma sala discutindo de forma macro/sistêmica uma operação enxergou esses modelos de pensamento que não representa a realidade de cada um e que um não percebe a realidade e a necessidade do outro. Observe o aprendizado de um profissional que teve a oportunidade de trabalhar em ambos os setores. Isso é aplicável em todas as áreas e em todas as indústrias.
Trabalhar com gestores diferentes também gera aprendizado, principalmente se o profissional analisa os pontos positivos e negativos de cada gestão sem poluir o processo com a insatisfação que pode ocorrer em qualquer tipo de liderança. É necessário, nesse caso principalmente, transcender a visão de técnico. Existem normativos e procedimentos dentro das empresas, especialmente nas empresas de capital aberto, que precisam ser seguidos para não ocorrer perda de competitividade e mercado, ou mesmo valor de mercado, como são os procedimentos de auditoria. Pode acreditar, a nossa ignorância sobre assuntos diversos nos leva a insatisfação irreal. Analisando essas situações gera-se aprendizado, podendo ser aplicado em situação futuras caso você se torne também um gestor.
Outra forma de inovar no ambiente profissional é levar o conhecimento da vida pessoal para o trabalho. Uma vez um geólogo estava analisando uma rocha para identificar o potencial de mineralização. Estava presente na rocha fosseis de conchas. Nesse caso é essencial a identificação do ambiente de formação, pois se a concha fosse de água doce, lagos, o potencial do volume de minério seria muito menor se a concha fosse de origem marinha plataformal. Pense, lago é uma região limitada, já a plataforma marinha poderá ser bem mais extensa, pois pode seguir toda a costa marinha. Conhecer a espécie de concha também não é um trabalho fácil, pois existem milhares de conchas no mundo e várias outras que se extinguiram na história da terra. Como foi decifrado? Esse mesmo geólogo lembrou-se de uma visita a um lago quando criança onde viu a concha na margem. Pronto, conhecimento pessoal casado com o conhecimento profissional.
Como esse, existem milhares de casos, mas para isso se tornar efetivo, é necessário treinar o cérebro para que os insights venham no dia a dia. Não é um exercício difícil, apenas precisa realizar a conexão dos dois ambientes no dia a dia até que isso se torne automático.
Outras formas de inovação poderiam ser descritas aqui, mas cada um tem um estilo e um perfil. O mais importante é que cada um encontre o seu meio mais eficiente sem nunca esquecer que inovar é fazer o que você não faz, mesmo que seja a cópia do outro, mas sempre respeitando os seus limites e valores.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sustentabilidade e o Analfabetismo Ambiental

O tema “Ser Sustentável” está amplamente disseminado e enraizado? Infelizmente, não. O tema sustentabilidade ainda está ligado a investimentos e aumento dos custos. A sociedade ainda está cega ao quanto se pode ter lucro sendo sustentável.
Um ótimo exemplo é o supermercado sustentável. Normalmente são lojas para as classes A e B onde os clientes podem pagar por produtos diferenciados e a um preço mais alto pelas mercadorias. Uma simples coleta de óleo gera custo, pois o proprietário será responsável pela logística do produto até as usinas de reciclagem, que utilizarão esse material para geração de energia/combustível. Qualquer acidente durante o percurso será de responsabilidade do mercado coletor e isso gera prejuízo ao proprietário, além de sujar o nome da empresa. Devido a isso, muitos mercados não assumem essa responsabilidade.
O que é preciso entender é que o governo deve assumir alguns custos. Vejamos o caso dos trens bala. Esses trens são de alta velocidade e permite o transporte de passageiros de uma cidade a outra, em alguns casos, de forma mais rápida e customizada que o transporte aéreo. Todos sabem que uma empresa privada não assume um projeto desse tipo pois ainda não é viável economicamente, mas como o transporte é um problema endêmico em todas as grandes cidades, o governo apóia esse tipo de investimento. Mesmo sem o foco, é um projeto sustentável, pois polui menos do que cada passageiro pegar um carro e ir em direção ao destino desejado ou a viagem por meio de avião.
Esse tipo de atitude deveria ser levado aos produtos de impacto ambiental que, bem administrado, gera impacto social. Hoje em dia, cidades como Belo Horizonte, não possuem serviços de coleta seletiva em todas as regiões. O bairro Coração Eucarístico, onde se localiza uma das melhores universidades do estado, a PUC-MG, não possui esse tipo de serviço. Do que adianta uma divulgação intensa da mídia se não existem formas da população atuar, ou seja, nenhuma política pública clara e eficiente voltada para esse tema. A melhor forma de educar, nesse caso, é colocar os pontos de coleta seletiva, onde a ação de um mobiliza a ação do outro. O fato de ver alguém tendo uma ação sustentável, faz com que o outro se sinta fora do sistema e com vontade de ser inserido no mesmo. Uma coleta seletiva bem planejada gera novas oportunidades de negócios e, com isso, criação de novos postos de trabalho, afetando diretamente a sociedade – sustentabilidade social através da geração de renda.
Ações isoladas ocorrem por todo o país, como é possível identificar em Viçosa, onde todos os supermercados são obrigados a utilizar sacolas biodegradáveis. Uma ação interessante, mas de difícil aplicação global, porque, apesar da demanda mundial estar crescendo nesse setor de forma estrondosa, não existe, no Brasil, fábricas suficientes para atender a uma grande demanda. É possível, ainda, realizar estudos com o uso de rochas de minério marginal utilizados na fabricação de fertilizantes, na produção dessas sacolas. Além de serem biodegradáveis, poderiam ajudar a fertilizar os solos para uma futura recomposição ambiental do local depositado de forma mais rápida e eficiente.
Muito ainda se preocupa com as áreas de preservação ambiental, de recomposição e reposição de áreas devastadas, mas se não existem ações globais para o dia a dia de cada cidadão, ilhas de florestas não serão suficientes para minimizar a poluição gerada a cada segundo no mundo, pelo contrário, a contaminação chegará a essas florestas através de um lençol freático e rios contaminados, chuvas ácidas, ventos, material transportados pelos animais e outros. O que falta é uma visão sistêmica clara de todo o processo para a criação de leis e normas. Falta uma visão sistêmica objetiva para atingir a população de todas as classes. Falta ver o assunto como gerador de renda e não gasto de capital.
O investimento público para ser mais efetivo na minimização dos impactos gerados em uma sociedade no seu dia a dia é menor do que o necessário para corrigir ações não sustentáveis e permitir um futuro a todos?

domingo, 18 de julho de 2010

Centro de Excelência em Fertilizantes

Conheçam o site do Centro de Excelência em Fertilizantes (http://www.cef.feq.ufu.br/). Participem do workshop de lancamento do Centro nos dias 28 e 29/07.

sábado, 17 de julho de 2010

Mundo Virtual

Não tem mais jeito, para nos capacitarmos, nos informamos, temos que estar alinhados com o mundo virtual. Cada vez mais está se utilizando a internet para cursos a distâncias e fonte de informação. Instituições e universidades tais como MIT ou Harvard já utilizam essa ferramenta a tempos.
Hoje se tem mais amigos na rede do que na vida real. Está se tornando o meio mais importante no desenvolvimento do networking.
Tradução, textos científicos, fofocas, música, compras, vídeos educacionais, jogos, redes sociais de todos os tipos e um mundo são possíveis na net.
Qual é o limite que devemos nos impor ao uso dessa ferramenta? A internet permite o acesso a atividades que nos deixariam conectado 24 horas, 365 dias por ano, mas o uso único desse recurso realmente acrescenta a vida profissional?
O maior perigo é de tornarmos insensíveis as coisas e pessoas ou perder a habilidade de relacionar com o outro. Cada dia que passa as empresas estão valorizando as pessoas que sabem comunicar, trabalhar em equipe, que saiba se relacionar com as pessoas de uma forma em geral. Ao mesmo tempo, precisamos utilizar a internet cada vez mais para executarmos as nossas atividades. Paradigma?
Apesar de gostar de escrever textos de auto-ajuda profissional, valorizo o dia a dia com as pessoas. Nada melhor aprender vivendo, sentindo e/ou observando os movimentos a nossa volta. Discutir consigo mesmo o que é certo, o que é errado, o que se pode melhorar e o que pode ser melhor. A leitura é essencial para aprender a enxergar os movimentos e ações que acontece ao nosso lado. É interessante como ficamos cegos quando não conhecemos algo. Uma vez estava viajando com uma amiga e mostrei a forma arredondada de um terreno com cortes na serra que lembram as dobras dos nossos joelhos e cotovelos, feição gerada por escoamento convergente da água superficial – chuva principalmente. O mais interessante foi a reação dela após visualizar essa feição: “Nossa, que lindo. Nunca vi uma paisagem como essa!”. O mais interessante dessa história é que a paisagem apresentada é muito comum, não era nada especial. O que aconteceu é que ela aprendeu a enxergar detalhes que antes não eram visíveis aos olhos dela. Esse é o limite da internet. Não enxergar em 3D e não interagir com as pessoas ou objetos nos faz limitar o aprendizado, nos deixando cegos as “feições”. A internet é para ajudar a montar o mundo e não para ser o mundo.
Faça dela o seu maior aliado, não o seu inimigo. Use o suficiente para construir e melhorar a sua vida. Fique ON com a net e com a vida!

O Líder

Conversando hoje com uma amiga, apareceu a vontade de escrever um texto sobre ser líder. As pessoas nos inspiram mais do que imaginam. Cabe a nós canalizar essa inspiração para trazer sabedoria e conhecimento a nós e aos que nos cercam. Bem, vamos ao texto.

O que é ser Líder? Tem gente que acredita que qualquer um, com muito preparo, pode ser líder, outros, que é um dom.
Já imaginou um planeta como o nosso com mais de 6 bilhões de líderes? Pois é, assim o seria se todos pudessem se tornar um líder. Situação complicada seria viver aqui.
Existem lideres adormecidos. Essas pessoas precisam de estímulos para desenvolver a liderança. Treinamentos e ou o acompanhamento de um coach permitem o desenvolvimento desse novo líder, mas o maior aprendizado vem do dia a dia, seja por observação, seja por aprendizado direto. Existem também os que nasceram com o dom explicito.
Ser líder não é fácil, pode ser natural para muitos, mas a atuação no dia a dia não é tão simples como parece ou que a maioria dos autores diz.
O dia a dia é complicado, cheio de desafios e surpresas. Imagina você, um líder, dizendo para os pares ou subordinados para executarem uma tarefa ou agirem de uma forma que não é alinhado com os seus valores?
Ser líder é saber doar, é entender o próximo, independente da sua cor, cultura, status social e econômico. É fazer pelo outro sem pedir algo em troca, é saber tirar o melhor de cada um.
Parece religião, mas não o é. A sabedoria está em saber que, se as pessoas derem o melhor de si, estará fazendo para ele, ele estará se destacando.
A vida, hoje, não é nada se trabalhamos sozinhos. É impossível conhecer 10% sobre um assunto qualquer. O mundo gera uma avalanche de dados e informações por segundo. O papel do líder é saber administrar um grupo para que eles trabalhem em equipe e, como conseqüência, maximize os resultados.
O verdadeiro líder traz inspiração ao ambiente. Permite a inovação. Sustentabilidade? Hoje, somente através de lideres. A mudança é traumática para a maioria das pessoas. Tanto que, apesar de estarem insatisfeitas com a função atual, caso ocorra uma insegurança sobre o futuro, acham a posição que estão fantástica, perfeita. Lideres conseguem quebrar parte dessa insegurança e até criam expectativas e ansiedades pelo novo, cria disposição para tentar ou criar o que ainda não foi tentado ou criado.
O líder precisa ser claro e objetivo, é não focar na remuneração para gerar a qualidade do trabalho, é ter princípios e segui-los.
Não é possível encontrar um líder que desenvolva todos os aspectos de forma profunda, mas é preciso que todos estejam presentes e que a maior parte esteja bem desenvolvida, caso contrário, não será um verdadeiro líder.
Ser líder não significa ser melhor. Não ser líder não é ruim, quando você não assume a posição. Não deseje aquilo que não lhe trará frutos.
Na vida empresarial, no mundo das empresas privadas, o modelo de crescimento na carreira ainda é linear. Precisamos pressionar cada vez mais as empresas para as carreiras em Y, onde o técnico possa seguir carreira sem precisar virar gestor. É preciso quebrar esse modelo mental.
Mesmo com as dificuldades encontradas no caminho, as ingratidões, as incompreensões, não importa, isso é menos importante. Os ganhos por ser líder são maiores. Foque sempre no lado positivo. Muitas vezes você precisará de estomago de aço, mas continue em frente. A sociedade, o mundo precisa de pessoas como você.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sustentabilidade na Mineração

Hoje, o termo sustentabilidade faz parte de todos os discursos, mas será que todos estão realmente assumindo atitudes sustentáveis na vida e na empresa?
A sustentabilidade é sempre apresentada como um tripe, onde está envolvido o social, o ambiental e, claro, o econômico. Falta um ponto importante: cultura.
A cultura é importante para sermos eficientes no setor social e ambiental, pois não adianta realizar trabalhos e investimentos nesses setores se não sabemos os valores dos stakeholders. Como realmente atingi-los? Qual a melhor forma de abordar? Para potencializarmos as ações é preciso falar no “idioma” deles sem ferir seus valores. É como se a empresa fizesse uma ação social na Índia propondo a criação de gado para abate nas regiões de solo mais pobre. É possível que eles fechem a entrada da empresa no país.
Outro ponto é realizar ações que gerem renda para a sociedade. Como a mineração fica nesse caso?
Quando se desenvolve tecnologia para reduzir as perdas, aumentando a recuperação metalúrgica e mássica do minério processado ou reduzindo os custos operacionais, os resultados são aplicados nos 3 pontos da sustentabilidade: quando as recuperações mássicas e metalúrgicas aumentam, sem perder qualidade, ocorre redução do volume de rejeitos e, como consequência, os impactos ambientais; o item 1 gera impactos na sustentabilidade social. Sabendo que o depósito mineral é um ativo que tende a exaustão, quanto mais otimizarmos o uso da reserva, maior será a longevidade da operação. Como normalmente a comunidade local é totalmente dependente da receita gerada pela mineração, a sociedade como todo ganha com isso; com a redução de perdas, reduz também o reprocessamento do material. Esses dois pontos já são suficientes para reduzir o custo operacional por unidade vendida; a redução dos custos faz alavancar o lucro e garante a competitividade do negócio. O aumento do lucro gera empregos e maior disponibilidade da empresa em investir em sustentabilidade; investimentos na identificação de subprodutos geram receitas adicionais a empresa, reduzindo os custos, gerando empregos e aumentando a arrecadação do município – sustentabilidade social, ambiental e econômica; outras ações.
Bem, o que foi descrito acima não é o suficiente ainda. Existem várias ações que podem ser realizadas nas operações.
A redução do consumo de energia e o aumento do percentual da recirculação da água utilizada são ações de grande impacto. O uso de biodiesel nos caminhões nas operações de lavra e o uso de correia transportadora também podem auxiliar na redução das emissões atmosféricas.
O descomissionamento de uma operação de mina é uma preocupação nacional e tem ganhado valor cada vez maior. O custo para fechar uma operação é muito alto, podendo atingir valores próximos a um novo empreendimento. Ações do dia a dia podem reduzir esse investimento.
Um ótimo exemplo é a definição do local da deposição de material estéril. Se não for considerado o regime hidrogeológico superficial e subterrâneo no momento da decisão, o material depositado poderá ou não ser remobilizado no momento do descomissionamento. Dependendo do regime hídrico da região, a pilha poderá sofrer erosão e o material ser carreado até o rio, impactando o meio ambiente. No momento da decisão, a escolha somente através da análise da menor distância de transporte do estéril poderá gerar alto custo no futuro.
Diversas ações foram listadas nesse texto e todas elas geram ganhos a empresa. Sustentabilidade não é sinônimo de prejuízo. Caso você ainda tem essa visão, estará deslocado do grande movimento mundial.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Autoconhecimento do Profissional

Uma vez um professor comentou em classe: “Para ter paz é preciso ter guerra”. Era adolescente na época e não entendi muito bem. O que ele queria dizer era simplesmente que, para identificarmos e valorizarmos algo, precisamos viver ou sentir o inverso.

Nós, profissionais ativos, vivemos dilemas a todo o momento.
Sempre achamos que o outro ganha mais por injustiça, mas não sabemos a história do outro. A sorte é a gente que faz, mas existe estar no lugar certo, na hora certa. Existem, também, características que fazem a pessoa se destacar. Temos que lembrar que o destaque não deve ser medido apenas por conhecer a tecnologia, o processo ou porque fez o trabalho sozinho. A comunicação, a leitura corporal, a energia, ou seja, o comportamental como o todo também valoriza o profissional, muitas vezes mais que o conhecimento técnico existente.
A forma de abordar um problema também pode gerar um diferencial. Quando temos visão sistêmica sobre as um projeto, conseguimos antever possíveis falhas e minimizar erros durante o planejamento, além de identificar ações que irão agregar ao projeto, podendo reduzir os atrasos de cronograma e risco de sub ou super valorização dos custos financeiros.
O ponto mais importante é que a felicidade de um não necessariamente é a do outro, pois não existem pessoas 100% iguais, então não podemos sair copiando os modelos achando que dará certo com a gente.
Nós somos resultado dos nossos antepassados, da nossa cultura, da nossa criação, amigos, enfim, de tudo que está ao nosso redor.
Quando imaginamos alguém comendo carne não nos assusta, mas assusta um indiano. Comer barata? Para um chinês... normal. E carne de cachorro? Para um coreano também não seria problema. Olhando no ponto de vista da alimentação, vemos grandes diferenças nos hábitos culturais entre os países, imagine nos demais setores. Apesar dessas diferenças, temos pessoas felizes espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Existem, então, diferentes formas para sentir a mesma coisa.
Mergulhar no nosso EU de forma profunda dói no primeiro momento. Colocar os “monstros” para fora, quebrar preconceitos, aceitar as falhas machucam a gente, mas, depois, aprende-se a tirar vantagem até desses pontos negativos. O autoconhecimento nos deixa menos frágil, pois aprendemos sobre quem somos e como nos comportamos nas diversas situações. Certos comportamentos são tão automáticos e naturais que não percebemos o que fazemos e como reagimos.
Tempo e paciência são ingredientes importantes para esse processo. Caso seja necessário, procure algum profissional que ajude a trilhar esse caminho.

Open Innovation Seminar 2009

Vejam a notícia: Open Innovation Seminar 2009: comentários de organizadores e participantes

http://www.openinnovation.wiki.br/boletim/02_nov2009.html

Participem também do NING http://openinnovationbrasil.ning.com/

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Propriedade Intelectual - Patentes - e o Brasil

A competitividade de um país é, em parte, medido pela sua capacidade de inovar, gerando novas tecnologias que viabilizam o uso de matérias primas diferentes na obtenção de um produto existente ou novo produto para atender ou mesmo criar uma necessidade ao mercado, melhoria de qualidade, redução de custos, aumento de produção por unidade de tempo e outros.

Nesses casos, existem dois caminhos principais: patente ou segredo industrial.
Para os casos aplicados a geração de patentes, o Brasil tem crescido de forma muito lenta em relação ao mercado mundial, principalmente quando comparado com os mercados emergentes, como a China (Figura - USPTO).

Quando comparamos o número de patentes concedidas nos EUA (USPTO) entre Brasil e Coréia do Sul, vemos que, o investimento que a Coréia faz, desde a década de 80, na educação básica, alavancou a Coréia na geração de tecnologia (Figura - USPTO). Apenas para registrar, a Coréia do Sul e o Brasil tiveram 159 e 36 patentes concedidas em 1989, e 8762 e 103 em 2009, respectivamente.

Em relação a publicação de artigos científicos o Brasil tem se mostrado uma potência em crescimento (Figura - Thomson Reuters; atualizado em 27/11/2009). Em 2008 o Brasil publicou dez mil artigos a mais em relação a 2007.

Apesar desse crescimento do conhecimento, o que vemos é que a falta de cultura em patentear as invenções não está permitindo crescer o número de patentes concedidas de forma proporcional em relação as publicações. Quando analisamos o número de patentes solicitadas nos EUA, percebe-se um crescimento, mas também não muito significativo. O que chama atenção é que, apesar do número de solicitações estar crescendo, a proporção de patentes concedidas está caindo. Isso mostra que a qualidade das invenções ou dos textos está diminuindo (Figura – USPTO).

Um dos caminhos para mudarmos esse cenário é aproximar cada vez mais as universidades das empresas. Não gerar estudos somente acadêmicos, que são muito importantes na geração do conhecimento, aumentando o número de trabalhos aplicados as necessidades das indústrias.
Outra ação importante é gerar redes de pesquisas dentro do país para que o conhecimento, hoje, disseminados nas instituições e universidades, se conecte, fortalecendo e compartilhando dados, informações e o próprio conhecimento.
O ranking das marcas mais fortes de 2008, por exemplo, mostra que, nos dez primeiros lugares, 8 são marcas que aplicam altos investimentos em inovação tecnológica, como a IBM, Nokia, Google e Toyota (www.interbrand.com_global_brands.aspx). Isso mostra que o investimento em tecnologia alavanca os negócios e a competitividade.
Quando comparado o número de pesquisadores existentes nos países com a capacidade de inovação dos mesmos, é observado uma relação de crescimento na capacidade de inovar com o aumento de pesquisadores (Figura – INSEAD).

Temos que, cada vez mais, criar investimentos e incentivar a pesquisa no país. Os investimentos em P&D, disponibilizados pelos governos federais e empresas privadas, tem aumentado a cada ano. Ainda não é suficiente. Devemos ser mais agressivos em relação a estratégia do uso desses recursos e correr mais riscos, além de gerar um programa para orientação e aproximação da população ao tema propriedade intelectual.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ser Extraordinário

Ser extraordinário é ter uma ótima remuneração e ter uma posição no alto escalão da empresa. Quem pensa assim pode estar muito enganado.
Já imaginou se a felicidade de todos fosse ganhar bem e ter uma alta posição? Teríamos mais de 6 bilhões de pessoas infelizes e continuariam infelizes até o fim da carreira profissional. Seria acreditar que todos são iguais, o que seria outro absurdo.
Quem presta atenção o que acontece em volta dele dentro de uma empresa verá pessoas ganhando muito e insatisfeitas, e gestores que gostariam de voltar ao trabalho técnico.
Ser extraordinário é conhecer a si mesmo de forma profunda e identificar o que o faz feliz e trilhar o seu caminho na direção desejada. É fazer bem pelo prazer de fazer.
Quantas pessoas se desligaram de um setor ou mesmo da empresa após ter recebido um aumento salarial meses antes da saída? Não é dinheiro que governou grande parte desses movimentos. O ambiente de trabalho vale mais que a remuneração e o ambiente está também relacionado com o prazer em relação as atividades executadas. Outro erro comum é ver alguém feliz e ir atrás ou tentar copiar o que o outro tem. Irá gastar recursos financeiros e/ou o tempo para ir para uma posição que não o deixará feliz. Muitas vezes perdem-se boas oportunidades por achar que o caminho é outro e, o pior, é quando percebe o erro e acredita que não dá para voltar atrás.
Um exemplo muito comum é o indivíduo que presta vestibular para engenharia. No segundo ano percebe que a área de exatas não faz parte do seu perfil e que se fizesse o curso de direito se sentiria mais realizado. Não tem coragem de mudar, porque irá jogar fora 2 anos da vida dele e continua, assim mesmo, no mesmo caminho. Pense, em vez de “perder” dois anos, irá perder uma vida inteira, pois não sentirá realizado.
Porque somos tão reativos a mudanças? Porque não passamos parte do nosso tempo olhando para nós mesmos tentando identificar nossos desejos e sonhos? Será porque é mais fácil copiar os sonhos do outro?
Tenho um ditado que diz: “o universo tem quase 15 bilhões de anos; o planeta Terra tem quase 5 bilhões de anos; o que são os meus meros 70-80 anos? Não devemos gastar o nosso tempo em uma direção que não nos fará feliz.
A maior falha humana são os modelos mentais criados sobre a “Vida Perfeita”.
Veja o desenho abaixo.

A grande parte das pessoas fez, quando criança, desenhos parecidos com esse. Pergunte a sim mesmo e aos que te cercam o porquê se desenha assim. Analise: onde você, quando criança, viu uma casa com telhados inclinados? Telhados inclinados são típicos de regiões com neve, para que a mesma possa escorregar sem sobrecarregar o telhado e, como conseqüência, rompe-lo. Macieira? Tirando áreas restritas no Brasil, a grande parte da população nunca viu uma macieira. Chaminé? Outro ponto que também é raro dentro dos centros urbanos, onde a maioria da população está localizada. Não se sabe onde começou esse modelo de desenho, provavelmente é resultado dos livros de história infantil de origem européia e que foi passando de mãe para filho. Viu? Você tinha percebido uma ação automática em você sem compreender o porquê dele? Igual a esse exemplo, a nossa vida está repleta. Como quebrar esses modelos? Saber quebrá-los é o ponto chave para encontrar o caminho que o irá fazer feliz e se tornar um ser extraordinário.
É fácil? Não! Porque temos muitos hábitos e conhecimentos que já estão viciados e identificá-los é tão difícil quanto achar um erro em um texto criado por nós após ler mais de dez vezes. Ficamos cegos a situação.
A melhor forma de identificar os modelos é tentar pensar fora da caixa, ou melhor, sem a caixa. Conviva com pessoas que não fazem parte da sua vida profissional ou da sua infância. Leia sobre assuntos diversos, busque opiniões diversificadas e, principalmente, pense/medite, veja quem é você nesse meio. Olhe a atitude dos outros e avalie o quanto faria sentido se você aplicasse os mesmos hábitos e idéias colocadas por eles. Pense como seria se fizesse o contrário. Pense em você em situações totalmente inusitadas ou mesmo absurdas. Será que é tão inusitada ou absurda assim?
Ouvir Beethoven sem gostar de música clássica? Curtir uma obra de arte sem entender a arte? Fazer engenharia em vez de direito?
A felicidade está nas pequenas coisas, mas que faz diferença no todo, e, com certeza, você será extraordinário no que faz.