segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Cultura e a Empresa

A cultura é um dos itens que deveria ser considerada um dos pilares estratégicos das empresas. Podemos falar de ética, de sustentabilidade, de inovação ou de qualquer outro aspecto, mas sem o desenvolvimento da cultura, se tornam apenas palavras bonitas integrando a visão, missão e os valores da empresa.
O desenvolvimento de cultura é um processo complexo e que deve ser realizado por profissionais capacitados e preparados, pois uma falha pode destruir tudo aquilo que a empresa quer construir. E esse desenvolvimento deverá ser realizado não somente internamente mas com os principais stakeholders.
Para que desenvolver a cultura? Quando analisamos eventos regionais com décadas de existência, percebemos que a população adere de forma natural a aquela tradição sem resistência e a defende de forma a sentir orgulho, agregando valor a sua vida. Faz parte do eu de cada um. Esse é o ponto, os valores e a estratégia das empresas devem fazer parte do eu de cada funcionário. Dessa forma, conseguimos maximizar o retorno de cada um. Isso implica em geração de idéias que possam trazer melhorias aos processos, gerando novas práticas – Inovação. Um ponto muito importante é que fará com que cada um crie uma imagem cada vez melhor da empresa e irá transmitir isso de forma natural para todos os stakeholders.
Uma outra abordagem da cultura são os valores intrínsecos na região de atuação da empresa a identificação dos valores locais e suas tradições é primordial para o fortalecimento da empresa e sua perpetuidade. São inúmeros os exemplos de sociedades que fecharam empresas ou impediram novos empreendimentos. Um paradigma interessante, mas que mostra a força do conjunto que forma os stakeholders. Apesar de trazer progressos para a região, ferir ou não estar alinhado com o que eles acreditam, faz com que passem por cima da riqueza gerada. Dentro da empresa, que normalmente utiliza grande parte do seu quadro de profissionais pessoas que se desenvolveram na região, pode gerar insatisfação e, com isso, queda de produção e aumento de perdas e problemas. Sempre que perguntamos a um profissional o que ele gostaria, muitas vezes vem a questão da remuneração, mas existem diversos casos de pessoas que mudam de emprego para ganhar menos. Porque isso? Isso está relacionado ao clima da empresa, aos valores dos gestores e dos parceiros internos, ou seja, a cultura desenvolvida internamente.
A questão da cultura deveria ser ponto de atenção em todas as empresas, independente do tamanho das mesmas. Necessitam investimento? Sim, mas é proporcional ao tamanho da empresa. O retorno é intangível. Apesar de algumas ainda serem relutantes a processos ou projetos onde o retorno é intangível, o mundo hoje está abrindo um campo para essa linha. Não estamos ainda preparados para mensurar tudo. Não podemos esquecer o que move o mundo e a sua empresa, ou mesmo seu setor de atuação, são as pessoas. As crises econômicas são, em parte, potencializadas pela estéria comunitária. O poder do ser humano é muito grande, mante-los estimulados é difícil, mas podemos ter ações no dia a dia que minimizam as insatisfações e, com isso, as perdas de produtividade.
Entenda a cultura da região e de seus colaboradores, identifique o que agrega valor ao dia a dia deles e leve parte disso para o ambiente corporativo e crie ações para fixá-las e transformá-las em parte do oxigênio que mantêm a empresa viva.
Várias ferramentas devem ser utilizadas na empresa para agregar valor e aumentar a competitividade. Muitas parecem puro modismo, mas não o são. Exemplos de ferramentas como Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento, Inteligência Competitiva, Inteligência do Negócio e do Mercado, Inteligência Tecnológica, Inovação, Sustentabilidade entre outras. Muitos encaram como modismo porque por um período curto fica muito evidente e depois some. Nesse momento que sai da mídia intensiva a empresa já deveria estar com ela enraizada. Olha a Gestão da Informação e a do Conhecimento. Hoje, os dados são considerados ativos pelas empresas e a proteção e a pronta disponibilização dos mesmos permitem agilidade na tomada de decisão, além de minimizar os riscos. Da mesma forma, contratamos milhares de consultores dentro das empresas por desconhecermos a expertise existente internamente. Muitos processos ficam travados porque não temos a pessoa certa para desenvolvê-los. Isso é, em parte, a Gestão do Conhecimento (ganhos intangíveis igual a Gestão da Informação). A inovação está no meio da onda e a sustentabilidade está começando a apontar, ambas são importantes para a perpetuidade do negócio, definidos pela competitividade. Mesmo sendo lucrativas, empresas não sustentável em todos os aspectos correrão riscos de serem fechadas. Mas o que adianta tudo isso se não é criada uma conscientização sobre o processo? As pessoas não irão colocar dados nos sistemas, não irão utilizar os sites de relacionamento internos para disseminação do conhecimento. Cultura e nada mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário