segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sustentabilidade e Inovação

Ainda hoje as empresas tratam a sustentabilidade de forma desprendida da inovação. Quando associada, ela trata a inovação para ações diretas de sustentabilidade focada em tecnologia para reflorestamento e ações similares. A inovação pode ser de gestão, de processos e tecnologia. É muito ampla e de ação global, similar a sustentabilidade.
A tecnologia deveria ser, a todo momento, associada ao tema sustentável. Não podemos desenvolver tecnologias de médio e longo prazo sem estar alinhado com as diretrizes e tendências ambientais e sociais que estão ocorrendo no mundo hoje. Isso mesmo, mundo. A legislação brasileira nem sempre está articulada ou associada as tendências mundiais, mas em relação ao meio ambiente isso muda um pouco de figura. Lógico que respeitando as particularidades de cada região. Isso faz lembrar que o desenvolvimento de cultura de inovação está diretamente relacionada a capacidade de inovação. Os dados da INSEAD que medem a capacidade de inovar e sobre a cultura de inovação por país mostra que a capacidade de inovar cresce de forma exponencial com o aumento da cultura em inovação.

Para um programa sustentável eficiente ainda necessita de muito desenvolvimento e de muita orientação e treinamento. Esse tema ainda não é consolidado pelos empregados (equipe técnica) das empresas, estando muito ainda associado a cúpula das empresas.
A sustentabilidade não se resume a ações para os stakeholders externos e nem investimento de capital, deveria estar mais relacionado a geração de renda. Outro ponto é que quanto mais uma empresa conseguir maximizar os seus ganhos mais ela estará disposta a investir em sustentabilidade. Quando conseguimos reduzir as perdas ao longo de um processo produtivo estamos atuando em 3 vertentes da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. A ambiental implica na redução de emissões devido ao reprocessamento ou mesmo na redução na geração de resíduos. Na parte social os impactos podem ser a geração de empregos (lucratividade gera contratação) e a geração de riquezas devido ao pagamento de taxas e impostos. A redução das perdas gera redução de custos e, como conseqüência, a margem de ganhos por produto cresce e pode até mesmo ocorrer o aumento da produção. Essas ações deveriam ser computadas e apresentadas pelas empresas. Não deve ser encarado pela sociedade como obrigatoriedade por parte das mesmas e nem porque a fez gerar lucro. Sem LUCRO as empresas não funcionam e não investem em ações sustentáveis e podemos quebrar a economia de diversas cidades/municípios se não fortalecermos esse aspecto. Obrigações todos nós temos no dia a dia, seja no âmbito profissional ou no pessoal, e muitas das ações nós deixamos de realizar como cidadão, então deveríamos refletir antes de julgarmos o outro.
Os profissionais de hoje não devem pregar novas idéias sem analisar o quanto ela é sustentável no curto, médio e longo prazo. Se todos nós tivermos esse tipo de atitude, não importará o número de habitantes que teremos no futuro, pois teremos um planeta terra saudável e produzindo mais por menos. Integre tudo, desenvolva uma visão sistêmica. Uma ótima idéia analisada de forma isolada pode acarretar perdas tanto para frente quanto para trás em um processo como todo. Seja diferente, não fale, faça! Não tenha vergonha da palavra Lucro, quando sustentável. Pense Sustentável, pense sem a caixa.

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